APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pediu que a Câmara Municipal autorize que o parcelamento da dívida da Prefeitura com a União seja ampliado para 8 anos. No primeiro pedido, o prazo era de 5 anos. A oposição, que não teve força para instaurar uma CPI contra Pinheiro, tenta encontrar formas de dificultar a aprovação do pedido.
A dívida, de R$ 300 milhões, que a Prefeitura de Cuiabá tem com a União é pelo não pagamento dos repasses referentes ao recolhimento do INSS, FGTS e imposto de renda dos servidores públicos municipais.
“Agora ele quer um parcelamento, ao invés de 5 anos, foi para 8 anos, ou seja até 2030. Os cuiabanos elegerão um prefeito em 2024, outro prefeito em 2028 e esses gestores ficarão pagando. Na verdade não são os gestores, é a população de Cuiabá que vai pagar esse rombo se a Câmara Municipal aceitar esse parcelamento de 8 anos”, disse o vereador Dilemário Alencar, nesta terça-feira (12).
Para Dilemário, a proposta é um “tapa na cara da sociedade”.
“Isso é um tapa na cara da sociedade que a gestão do prefeito Emmanuel Pinheiro está fazendo. O quilômetro do asfalto bem feito, o asfalto urbano bem feito, é R$ 1 milhão de reais. Com R$ 300 milhões você consegue fazer 300 quilômetros de asfalto novo. Praticamente resolver o problema do asfalto em todos os bairros da nossa cidade. O prefeito Emanuel Pinheiro a cada hora engana mais a população”, acrescentou.
Pedido de cassação
O vereador Felipe Corrêa (Cidadania) apresentou, nesta terça-feira (12), um pedido de abertura de Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por ‘ingerência e malversação dos recursos públicos’, no que desrespeito a dívida milionária da Prefeitura de Cuiabá com a União.
"Réu confesso. O prefeito já assumiu crimes de responsabilidade suficientes para ser cassado ao pedir o parcelamento. (..) Emanuel Pinheiro quebrou a prefeitura", disse Felipe Corrêa.