10 de Janeiro de 2022, 11h:29 - A | A

Poderes / COVID E INFLUENZA

Emanuel prevê colapso no SUS e estende horário das unidades de saúde de Cuiabá

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) baixa novo decreto nesta segunda-feira (10) para fazer frente à nova demanda de doentes.

EUZIANY TEODORO
DA REDAÇÃO



O risco de um novo colapso na rede de saúde de Cuiabá é iminente, diante do aumento de casos de covid-19, gripes e Influenza. A confirmação é do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que baixa um novo decreto nesta segunda-feira (10) para fazer frente à nova demanda de doentes.

“Na iminência e ameaça de um novo colapso, nesse decreto dou poderes ao secretário de Saúde para que ele possa não só suspender as férias de servidores, se for o caso, bem como determinar abertura das Unidades Básicas de Saúde nos finais de semana”, anunciou o gestor, enquanto tomava sua terceira dose da vacina contra a covid-19.

Além da possível abertura nos finais de semana, o horário das Unidades Básicas de Saúde passa a ser estendido, sem intervalo para almoço durante a semana.

“Upas e policlínicas estão abertas 24h. O que estou determinando hoje, baixando esse novo decreto, é que todas as unidades básicas de saúde, são quase 100 aqui em Cuiabá, abram das 7h às 17h, atendendo no horário de almoço. Atualmente elas fecham das 11h às 13h, então estou determinando atendimento em horário direto, de segunda a sexta”, explicou.

Colapso iminente

De dezembro de 2021 até a última sexta-feira, 7 de janeiro, foram notificados 348 casos de síndrome gripal em Cuiabá. Neste período, 70 cuiabanos ficaram em estado grave e tiveram que ser internados.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, das 172 pessoas que foram notificadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), 70 casos foram confirmados, sendo quatro deles por Influenza A H3N2.

De 1º a 9 de janeiro, foram confirmados 415 novos casos de covid-19 na Capital. Enquanto na semana anterior, de 24 a 31 de dezembro, foram apenas 110 novos casos. Um aumento superior a 300%.

Assim como aconteceu na primeira e segunda ondas da pandemia do novo coronavírus, a rede de saúde da Capital superlotou, tendo que fazer frente a toda a demanda do Estado. Novamente as recepções estão lotadas e, segundo Emanuel, a única saída é a vacina.

“Nós não podemos obrigar ninguém a vacinar. A Constituição estabelece os direitos individuais e a liberdade é um princípio sagrado. Em se tratando de saúde coletiva, até que atinja a liberdade do outro, não podemos obrigar ninguém a vacinar. Entretanto, a gente recomenda, com toda a segurança, seguindo todos os protocolos, que vacine”.

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