DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que vem sendo “atacado” pelo procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, e pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed). Para ele, o grupo tenta “implantar um caos que não existe”.
A declaração foi feita nesta sexta-feira (02), em coletiva de imprensa, após o Sindimed declarar greve por conta de descumprimento de decisões judiciais por parte da prefeitura. Como reflexo, o Ministério Público pediu à Justiça uma intervenção na Saúde de Cuiabá.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
“Inaceitável o que está acontecendo. Claramente para servir o período eleitoral que tem a minha esposa Márcia Pinheiro como candidata para governo”, disparou Emanuel. O prefeito ainda chamou o presidente do sindicato, Adeildo Lucena, de 'parceiro do ócio' e 'preguiçoso'.
Leia mais
Emanuel marca coletiva de imprensa para falar sobre greve de médicos e pedido de intervenção
MPE pede intervenção na Prefeitura de Cuiabá; Tribunal de Justiça analisa
Sem acordo, médicos de Cuiabá deflagram greve por tempo indeterminado
“Quando eu cobro deles que trabalhem, eles começam fazer uma reação montada, casada, um joguinho casado, claramente um combinado em virtude do mês eleitoral entre os sindicatos dos médicos e o Procurador Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso. Recebi ligação de vários procuradores, promotores e promotoras. Uma instituição seríssima, acima de qualquer suspeita, mas que na gestão do atual Procurador Geral de Justiça, vem servindo de todos os meios e de todas as formas o atual governo do Estado”, disparou.
Ele completou dizendo, ainda, que tem compromisso com o povo e que o grupo de médicos é ‘pequeno e sem legitimidade e sem representatividade’. “Esse grupo não tem legitimidade, porque é um grupo que não quer trabalhar. É um grupo que só quer direitos, direitos, direitos, e são incapazes de produzir. Veem o serviço público como ‘bico’ e não como uma missão”.
O Sindimed afirma que médicos que atuam no município estão sem receber salário há mais de três meses. A categoria ainda cobra a realização de concurso público para suprir as vagas, após a retirada de mais de 200 profissionais temporários das UPAs e policlínicas da Capital.
Como reflexo, o Ministério Público pediu à Justiça uma intervenção do Governo de Mato Grosso na a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e na Empresa Cuiabana de Saúde, por descumprimento de decisões que pedem a realização de concurso público no setor.