Júlia Barbon
FOLHA DE S. PAULO
Em um vídeo de pouco menos de dois minutos, o presidente do Equador, Daniel Noboa, mostrou nesta quinta-feira (11) projetos dos dois presídios que pretende construir para alocar quase 1.500 detentos. Dias antes, ele havia decretado "conflito armado interno" em resposta a uma onda de ataques orquestrada por facções criminosas.
A nação sul-americana de 18 milhões de habitantes tem hoje cerca de 31 mil presos para 27 mil vagas, segundo o último relatório do Snai (Serviço Nacional de Atenção a Presos). Quase 4 em cada 10 detentos não foram condenados. No Brasil, essa proporção é de 2,5 a cada 10 presos.
"É o início de uma urgente reabilitação do sistema penitenciário equatoriano, que tem sido controlado pelas máfias durante décadas", disse ele na transmissão oficial, sem dizer quanto vão custar, de onde sairá a verba nem quando ficarão prontas as unidades que ele já havia anunciado.
Ele descreveu apenas que os pavilhões terão "guardas sem rosto", ou seja, que usarão máscaras para proteger sua identidade, além de inibição de sinal de celular, paredes blindadas, controles de acesso digital e analógico e geradores elétricos. Na campanha, ele prometeu "prisões-barco" que até agora não entraram nos planos. Leia mais em FOLHA DE S. PAULO