14 de Maio de 2022, 16h:38 - A | A

Poderes / ESTÁ INELEGÍVEL

Faiad acredita que cassação de Bezerra seja revertida no TSE antes das convenções

Se recurso não for julgado pelo TSE até 5 de agosto, ele não poderá candidatar à reeleição

EUZIANY TEODORO
DO CONEXÃO PODER



O advogado Francisco Faiad, que representa o deputado federal Carlos Bezerra (MDB) no processo em que foi cassado por supostamente omitir gastos da campanha de 2018, acredita que o recurso impetrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, seja julgado antes das convenções, que começam em julho.

Após a cassação do mandato no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Bezerra também ficou inelegível. Por isso, caso o recurso não seja julgado até 5 de agosto, último dia para as convenções, o cacique não poderá tentar a reeleição à Câmara Federal.

“A situação do Bezerra está no TSE. Entramos com o recurso no TSE. Esse recurso tem efeito suspensivo, ou seja, o deputado mantém o seu cargo até a decisão. E a questão da inelegibilidade nós iremos discutir no processo próprio, se o recurso não for julgado até julho”, disse Faiad.

O advogado está convicto de que a cassação será revertida na instância superior.

“Tenho certeza que pode ser revertido. A decisão tomada pelo TRE-MT foi totalmente contraria àquilo que tem no processo. Eu não tenho dúvida nenhuma que o TSE vai reformar essa decisão”.

A cassação

No dia 5 de abril, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) acolheu representação do Ministério Público Eleitoral, e determinou a cassação do mandato do parlamentar, por abuso de poder econômico e omissão de gastos ilícitos, tendo se falado em um "gabinete paralelo" de campanha.

Segundo a ação, Bezerra declarou à Justiça que arrecadou R$ 1.883.972,35 na campanha, e despesas na ordem de R$ 1.791.872,35.

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Bezerra recorre no TSE contra cassação de mandato

Contudo, segundo o MPE, o parlamentar omitiu informações de gastos, como de combustível, materiais de publicidade e fornecedores, por exemplo, além de recursos obtidos por meio de doações pessoais. Isso porque parte dos gastos foi arcada pelo MDB e outra parte foi paga com recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

O relator do processo, juiz-membro Gilberto Bussiki, chegou a afirmar que o cenário de omissões era "tão gravoso que, na equipe técnica não há registro de serviços voluntários estimados e nenhum serviço doado por pessoa física”.

Até o momento, o recurso do parlamentar não foi analisado.

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