APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER
Familiares da deputada Amália Barros (PL), que morreu no último sábado (11), receberão R$ 1,5 milhão do Congresso. O valor, a que tem direito a família de todos os deputados de que morrem no exercício do mandato, é retirado dos salários dos demais 512 parlamentares.
Esse benefício foi criado em 1975, durante a ditadura militar, mas permaneceu em vigor por meio de um decreto-lei publicado em 1981. O texto legal aponta que além da morte, também dá direito ao benefício a perda do mandato “por motivo alheio à sua vontade”.
Na prática, cada deputado contribui com o valor de duas diárias, a ser descontado na folha de pagamento. A estimativa é que seja descontado de cada um o valor de R$ 2.932.
Esse benefício não é isento de tributação e deve chegar à família com um valor líquido de aproximadamente R$ 1 milhão.
Amália Barros era deputada federal de primeiro mandato e tinha 39 anos. Morreu por complicações em uma cirurgia para retirada de um nódulo do pâncreas. Ela teve uma hemorragia, precisou ser intubada, passou por mais procedimentos cirúrgicos e faleceu no fim da noite do dia 11 de maio.
Amália foi velada e enterrada na cidade de Mogi Mirim, interior de São Paulo, onde nasceu e ainda vive sua mãe e outros familiares. Amália era casada com Thiago Boava e vivia na cidade de Campo Novo do Parecis.