08 de Janeiro de 2023, 10h:33 - A | A

Poderes / CHAMOU DE RADICAIS

Fávaro diz que parte do agro é contra Lula porque quer "passar a boiada"

Para Fávaro, parte dos produtires foi "contaminada" pelo comportamento da gestão de Bolsonaro. O novo ministro ainda é visto com desconfiança pelos produtores que tem invasões do MST, com respaldo do Governo Federal

MÁRCIA MATOS
DO CONEXÃO PODER



O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que os produtores rurais que criticam e questionam a vitória de Lula (PT) como presidente da República querem "deixar passar  aboiada e fazer a ilegalidade reinar". Veja o vídeo abaixo.

“Alguns gostaram da ideia do governo Bolsonaro de deixar passar a boiada e fazer a ilegalidade reinar. Isso ocorreu na invasão de terras, desmatamento ilegal, queimada, garimpo, extração de madeira“, declarou em entrevista ao portal Poder 360.

 A fala de Fávaro é em referência a uma declaração do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Para o novo ministro da Agricultura parte dos produtores foi "contaminada" pelo comportamento governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

 “A imensa maioria dos produtores é responsável e faz tudo na legalidade. Mas alguns poucos, mas barulhentos adoravam esse modelo de governo e por isso foram tão radicais na eleição”, ressaltou.

 

Em seu discurso de posse, Fávaro destacou que uma de suas maiores missões será "pacificar o agronegócio", mas é visto com desconfiança pela maioria dos produtores, diante da proximidade entre o PT do governo Lula e o MST. O temor dos produtores rurais é a invasão de terras com a proteção do Governo Federal.

Nessa semana a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT) disse estar preocupada com a aproximação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualmente liderada por Carlos Fávaro (PSD), com grandes grupos econômicos e com movimentos como os do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para a associação, há o risco de prevalecerem interesses que divirjam da maior parte dos produtores, de pequeno e médio porte.

O texto recorda, ainda, que o Partido dos Trabalhadores tem ações na justiça contra o calendário de plantio de soja em Mato Grosso e outra contra o Instituto Mato-grossense do Agronegócio (Iagro) que “vão contra a posição da grande massa dos produtores do estado”.

 

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