01 de Julho de 2022, 14h:56 - A | A

Poderes / "KAMIKAZE"

Fávaro nega interesse eleitoreiro de PEC que amplia benefícios sociais

A proposta foi aprovada nessa quinta-feira (30) pelo Senado Federal e agora segue para apreciação da Câmara dos Deputados.

DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER



O senador Carlos Fávaro (PSD) negou, em entrevista ao Conexão Poder, na manhã desta sexta-feira (01), que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 1/2022, que institui estado de emergência até o final do ano e amplia o pagamento de benefícios sociais, de sua autoria, tenha “intenções eleitoreiras”.

Apelidada de “PEC Kamikaze”, devido ao risco financeiro que pode causar à União, o texto foi aprovado na noite de quinta-feira (30), pelo Senado Federal. Ele prevê uma série de medidas, como por exemplo, a expansão do Auxílio Brasil, do vale-gás de cozinha e para a criação de auxílios aos caminhoneiros e taxistas.

O pacote social previsto para este ano terá o impacto fiscal de R$ 41,2 bilhões. A medida extrapola os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), furando o teto de gastos.

Fávaro contou que propôs a PEC em fevereiro. Na época, o ministro da Economia, Paulo Guedes, segundo o senador, "desdenhou" do projeto e procurou soluções "mirabolantes" que inviabilizaram os trâmites da proposta.

"Ele desdenhou, chamou de ‘kamikaze’ e ficou atrás de soluções mirabolantes. Intervenção na Petrobras, querendo mudar formação de preço, zerar o ICMS - ninguém gosta de pagar ICMS e imposto - mas, é possível zerar o ICMS? O tamanho do rombo que aconteceria com isso e quem pagaria essa conta? Então, o que nos propusemos era muito simples", explicou.

Agora, às vésperas das eleições, a medida tem sido tachada como eleitoreira. Na entrevista, o autor da PEC ressaltou que os brasileiros mais pobres não podem pagar a conta pela inoperância do Executivo e que, por isso, os senadores da oposição votaram a favor do projeto.

"Um parlamento que está conectado com as pessoas que estão passando dificuldades. Não pode se omitir. Não fazer nada é pior do que ser tachada como medida eleitoreira. Mas tudo por culta do Paulo Guedes, porque se tudo tivesse sido resolvido em fevereiro, quando propus a PEC, não tinha que decretar estado de emergência, não estourava o teto de gastos, porque propus com os dividendos da Petrobras", explicou o senador.

"A política atual brasileira é um desastre, irresponsável e piorou a qualidade de vida do brasileiro. Precisamos trazer mais oportunidades de vida ao cidadão", emendou.

Já em relação às críticas do ministro Guedes e ao “apelido” que a PEC recebeu, Fávaro categórico: "Kamikaze é o que ele fez agora, kamikaze é deixar o povo passando fome".

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