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14 de Janeiro de 2023, 07h:58 - A | A

Poderes / CARGA TRIBUTÁRIA MAIOR

Fiesp critica plano econômico de Haddad baseado em aumento de receitas e sem cortar despesas

Entidade argumenta que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo

METRÓPOLES
DO CONEXÃO PODER



O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Christiano Gomes da Silva criticou, em nota, às medidas econômicas anunciadas pelo ministro da Economia, Fernando Haddad. Ele diz que uma política econômica crível e harmônica é fundamental para a recuperação da indústria brasileira e, consequentemente, para promover o desenvolvimento do país.

Diante das medidas apresentadas pelo Ministério da Fazenda, a Fiesp pondera que a melhora do resultado fiscal não pode estar ancorada majoritariamente no aumento de receitas, tendo o Brasil uma das maiores cargas tributárias do mundo, arcando a indústria de transformação com parcela significativa do total de impostos arrecadados”, diz na nota.

Para a Fiesp, as políticas monetária e fiscal precisam caminhar juntas para a existência de um ambiente macroeconômico favorável aos investimentos produtivos. Além disso, o alto volume de contencioso reforça a necessária e urgente reforma tributária.

Desonerações precisam ser revisadas e discutidas à luz de uma ampla e isonômica reforma tributária”, encerra o presidente da Fiesp no documento.

 

 A promessa de Haddad é de entregar uma melhora fiscal de R$ 242 bilhões nas contas públicas deste ano, apostando nas reversões de desonerações e em medidas extraordinárias para arrecadar mais.

 

 As iniciativas para elevar as receitas respondem pela maior parte do plano da equipe econômica (quase R$ 193 bilhões), enquanto aquelas para reduzir despesas representam R$ 50 bilhões.

Ceticismo entre os economistas

Economistas ouvidos pelo site Metrópoles reagiram com cautela e ceticismo ao anúncio das medidas econômicas feito na tarde de quinta-feira (12) pelo ministro da Fazenda.

Para especialistas, o aspecto positivo das propostas foi o fato de a equipe econômica do governo ter fixado uma meta de déficit das contas públicas entre 0,5% e 1% do Produto Interno Bruto (PIB), o total de riquezas produzidas no país em um ano. Hoje, esse rombo está estimado em 2,3% do PIB.

A questão é como chegar a um déficit inferior a 1% com as medidas anunciadas. As propostas focadas em aumentar receita com pouca ênfase em corte de gastos. “Não tem carne nenhuma nessa história”, disse o economista e consultor Alexandre Schwartzman. Para ele, existem possibilidades entre as ações definidas pelos ministros, mas elas são vagas. “Por exemplo, há uma nova estimativa de receita que pode acontecer, como pode não acontecer.”

Por outro lado, André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton, ponderou que o caminho escolhido para a redução do déficit é correto. “Provavelmente, parte do mercado vai achar tímidas as medidas uma vez que não tem de fato efeito imediato”, disse.

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