THAIZA ASSUNÇÃO
DO CONEXÃO PODER
O secretário-chefe da Casa Civil Rogério Gallo negou, nesta quarta-feira (26), que o Governo do Estado subestimou a receita na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, que está em discussão na Assembleia Legislativa.
O orçamento previsto é de R$ 30,815 bilhões. Deputados da oposição, porém, apontaram que a receita não está de acordo com a realidade do Estado.
Segundo Gallo, o orçamento está de acordo com as perdas que o Estado vem registrando, principalmente, na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por conta das leis aprovadas no Congresso Nacional que desoneraram os combustíveis.
“A receita está na linha das perspectivas que nós temos com o ano seguinte e também com os impactos que nós tivemos de leis aprovadas no Congresso Nacional que desoneraram sobretudo os combustíveis, a energia elétrica. E isso tem um potencial de causar um impacto grande, inclusive, já causou nos meses de agosto e setembro”, afirmou.
Fora isso, o secretário também elencou o cenário de crise mundial aliado à pandemia e à guerra da Rússia com a Ucrânia.
“Nós temos aí baixo crescimento nos Estados Unidos e na Europa em função de pandemia e em função também da Guerra da Ucrânia e da Rússia. Isso está causando já lá um aumento da taxa de juros. A taxa do título do tesouro americano está em 4,5%, são níveis históricos e isso está retendo o dólar e a decisão de investir em países emergentes como é o Brasil. Tudo isso pode de algum modo causar algum impacto econômico aqui no Brasil no ano de 2023”, declarou.
Gallo ponderou que o Estado tem que ter os pés no chão para não cair na inadimplência e comprometer os servidores, fornecedores e os investimentos para a população.
“É como você projetar um salário, não receber e você ter emitido obrigações, cheques em cima daquilo que você achava que poderia arrecadar. Isso vai dar problema na sua vida pessoal e é a mesma coisa com o Estado”, pontuou.