13 de Setembro de 2022, 15h:22 - A | A

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Galvan vira alvo do TSE por atos do 7 de Setembro e detona "ativismo judicial"

Coligação de esquerda abriu processo contra Galvan, Bolsonaro e mais 16 pelas manifestações a favor do governo realizadas no dia 7 de setembro.

APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER



Em conversa com a equipe do Repórter MT, Antonio Galvan (PTB) comentou as acusações apresentadas pelos advogados da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em ação movida contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 17 pessoas, entre elas Galvan. Ele negou ser um dos responsáveis pela organização dos atos realizados este ano em Brasília e no Rio de Janeiro em apoio ao governo, muito menos ter articulado o uso de máquinas agrícolas no desfile cívico, como acusou a campanha de esquerda.

“Não fiz parte de nada em Brasília esse ano, fiquei sabendo pela mídia. Fui à Brasília, participei dos atos e voltei. Estou cuidando da minha campanha”, explicou.

Na peça encaminhada ao TSE, a chapa de esquerda acusa o empresário mato-grossense de ser uma das lideranças responsáveis por pagar pelos outdoors espalhados pela Capital Federal nas semanas que antecederam os atos de 7 de setembro de 2022. Além disso, a defesa da coligação oposicionista pede que Galvan, assim como o pastor Silas Malafaia e o comerciante Júlio Gomes Nunes, sejam investigados por abuso de poder econômico visando favorecer a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro.

 

 

Os advogados da coligação de esquerda ainda pediram a quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático de Galvan, assim como solicitaram que ele fosse intimado a prestar depoimento pessoal à Justiça Eleitoral.

 

 

“Acusar sempre é fácil. O Júlio [Gomes Nunes] eu conheço pessoalmente, mas o [Silas] Malafaia não. Só de grupo de WhatsApp”, disse. “Se eu for intimado, eu não tenho nada a temer. Não devo nada, porque vou me preocupar?”, declarou.

 

 

“Se eu for intimado, eu não tenho nada a temer. Não devo nada, porque vou me preocupar?”

Galvan também é citado no processo que investiga a realização de atos em apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro em 2021. Desde então, está proibido de se aproximar do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, está em curso uma campanha de perseguição contra os apoiadores do governo federal.

“Com certeza está havendo perseguição às pessoas que apoiam o presidente Jair Messias Bolsonaro. Eles [os opositores ao governo] xingam o presidente e nada acontece. Cem porcento perseguição e ativismo judicial”, afirmou.

Para o candidato ao Senado, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), chega a ser irônico ter se tornado alvo da campanha de Lula e Geraldo Alckmin (PSB).

“Dois malandros unidos. Um que falou mal do outro em 2018 e agora estão unidos. Você não acha estranho que quem falou tão mal do Lula hoje seja seu candidato a vice?”, questiona.

Para Antonio Galvan, os partidos de esquerda prestam um desserviço à democracia e, na verdade, não pensam no desenvolvimento do país. Ele fez questão de ressaltar que ser citado no processo não trará complicações para a sua campanha.

“Só ajuda. Isso deixa as pessoas de direita, conservadoras, pessoas de bem, indignadas. Então só ajuda”, defendeu.

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