CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES), Gilberto Figueiredo, rebateu críticas dos deputados estaduais que têm demonstrado preocupação em razão das pretensões eleitorais do gestor da Saúde.
Gilberto ponderou que a insistência dos parlamentares em se posicionarem contrários aos secretários seria uma preocupação desnecessária e destacou que sua atuação à frente da Saúde, em razão da pandemia da covid-19, quase custou sua vida.
“Acho que a população pode fazer a avaliação. Aparecer demais é trabalhar? Me dedico quase 20 horas por dia a essa pasta, almoço sentado na minha mesa comendo marmitex e não dou conta de atender todas as demandas da saúde. Eu não fico procurando a imprensa para dar entrevista, à imprensa que me procura. Então, essa preocupação com a minha gestão…”, comentou.
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Gilberto ressaltou que sua intenção de disputar as eleições em 2022 não deveria ser surpresa, uma vez que ele era vereador por Cuiabá quando foi convidado pelo governador Mauro Mendes (DEM) para assumir a Pasta. Ele ainda ponderou que a gestão tem sido seu maior sacrifício pessoal.
“Não fui para o parque de diversão, não. Eu fui para o sacrifício maior da minha vida pessoal. Vou finalizar, agora em dezembro, três anos nesse calvário. Acho que é um prazo suficiente. Dei a minha contribuição ao estado, quase morri nessa missão, então, assim, quem pensa que tenho apego a esse cargo, como se tivesse sido prêmio para mim, está equivocado”, finalizou.
Atualmente, além de Gilberto, pelo menos outros dois secretários estaduais teriam a intenção de disputar as eleições. Segundo o governador, esses gestores devem ser liberados a partir de janeiro. Pela legislação eleitoral, o prazo para desincompatibilização é de seis meses antes da eleição, ou seja, abril. Contudo, a saída antecipada dos secretários seria uma forma de amenizar a tensão com os deputados.
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