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26 de Janeiro de 2022, 12h:23 - A | A

Poderes / AVANÇO DA ÔMICRON

Gilberto: Velocidade da pandemia está a mil por hora; daqui a pouco não tem mais quem infectar

Secretário aponta subnotificação e avalia que a real faixa de contaminados seria um número muito maior

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, avaliou que, apesar de ter sido registrado crescimento nos casos de covid-19 em Mato Grosso nas últimas semanas, a real faixa de contaminados seria um número muito maior, em razão da subnotificação de casos. Isso porque, segundo ele, a velocidade de infecção da nova onda, provocada pela variante Ômicron, é mais rápida.

“Existe uma subnotificação. Muitas pessoas que são acometidas, assintomáticas, sequer fazem teste para saber se estão contaminadas. A velocidade com que essa pandemia, nessa última variante, tem afetado as pessoas, é acelerada, está a mil por hora. Então, isso é um fato que pode, também, promover o espaço mais curto [de contaminações], porque daqui a pouco já não vai ter mais quem infectar, né?”, observou o secretário.

Gilberto ponderou que, considerando o crescimento de casos registrado nas últimas semanas, sobretudo após as festas de final de ano, há uma projeção de que as infecções comecem a cair no final de fevereiro.

“A partir do momento que nós ultrapassarmos 60% da população infectada, existe uma chance de haver uma queda substancial e acontecer como aconteceu essa onda na Europa. Nós estamos imaginando que até lá pelo dia 20 de fevereiro, dia 25, a gente já vai experimentar uma queda desses números”, explicou. 

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O secretário destacou que, no entanto, nesse momento as infecções ainda têm se multiplicado de forma acelerada, e que há um percentual de pessoas que precisam ser hospitalizadas e, em alguns casos, vão a óbito. Por isso, ressaltou que é importante que a população complete seu esquema vacinal.

“A população mais idosa, que foi o primeiro público vacinado lá no início dessa campanha, já tem um tempo bom desde a segunda dose e perde um pouco da imunidade ao longo do período. A vacina tem uma eficiência, mas ela não é ad aeternum. Por isso é que existe a dose de reforço. Então, é preciso voltar aos postos para cumprir esse esquema vacinal, para, se acometido da doença, não chegar na forma grave”, colocou o gestor.

Conforme dados disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde, apenas nesses 25 dias de janeiro, foram 47.718 casos confirmados de covid-19 e 153 mortes, enquanto em todo o mês de dezembro foram 6.864 casos diagnosticados e 67 óbitos registrados.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI também acende alerta. Nessa terça-feira (25), mais de 82% dos leitos já estavam ocupados, restando apenas 22 unidades para todo o Estado. Essa é uma das maiores taxas de ocupação do país, segundo a Fundação Oswaldo Cruz.

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