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13 de Junho de 2024, 08h:48 - A | A

Poderes / FERIDA ABERTA

Irritado, Lula reclama que "escândalo do arroz" expõe Governo a denúncias

O petista teme ser pressionado pelo Centrão por uma reforma ministerial.

DO CONEXÃO PODER



O escândalo da tentativa de fraude no leilão de importação de arroz para abastecimento interno do Brasil deixou o presidente Lula "muito irritado". O petista teme ser pressionado pelo Centrão por uma reforma ministerial. Além disso, vê o governo exposto para que novas denúncias de corrupção venham à tona. As informações são do colunista do UOL Tales Farias.

Em reportagem publicada na noite de terça-feira (11), intitulada "Irritado, Lula reclama que escândalo do arroz abre brecha para oposição", Tales revela que o mau humor do presidente foi demonstrado em uma reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira e o advogado-geral da União, Jorge Messias. Lula considerou o leilão "um escândalo" e uma ferida aberta no governo.

"De fato, no Congresso, a oposição já começou a afirmar que há outros casos de corrupção no governo que ainda serão revelados. O centrão, comandado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltou a pressionar por antecipação da reforma ministerial", escreve o jornalista.

 

 O governo federal resolveu importar arroz após a crise climática no Rio Grande do Sul, estado que é responsável por 70% da produção nacional do grão, ma que já havia colhido 80% do cereal antes das inundações. Entretanto, o leilão acabou suspenso após denúncias de irregularidades com as empresas vencedoras. "Entre elas, havia sorveterias e locadoras de máquinas", destaca a reportagem.

  

Além da suspensão do leilão, outra medida adotada foi a exoneração do secretário de políticas agrícolas do Ministério da Agricultura, Neri Geller (PP). Isso porque a empresa Foco Corretora de Grãos, uma das responsáveis pelo leilão, pertence a Robson Almeida de França e Marcello Piccini Geller, ex-assessor e filho de Geller, respectivamente.

 

 

Ao todo, o governo havia liberado a importação de 263 mil toneladas de arroz do exterior ao valor de R$ 1,3 bilhão. As empresas controladas por Robson Luiz de Almeida França intermediaram a venda de 44% do arroz importado. As empresas faturariam comissões de corretagem em cima dos valores negociados no leilão.

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