APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER
A presidente interina da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputada estadual Janaina Riva (MDB), disse que o presidente do seu partido, Carlos Bezerra (MDB), trabalha para formalizar a proposta para que o deputado Eduardo Botelho (União) migre para a legenda após a eleição interna, prevista para ser realizada em agosto.
De acordo com Janaina, apenas sabendo que vai assumir o comando da sigla em Mato Grosso nos próximos dois anos, será possível avançar nas negociações com Botelho.
“O presidente do partido, que ainda é o Bezerra, durante esse período ele ainda não se afastou, está conduzindo isso com o deputado Botelho. Isso já está avançado por parte do presidente (do partido), agora depende também das nossas eleições. Então, o partido tem eleição agora em agosto, da estadual, e o partido tem que montar os diretórios por agora”, explicou.
A deputada ressaltou que é nesse momento que serão definidas as lideranças dos diretórios municipais, peças-chave para a eleição de 2024. O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) por muitos anos foi o maior partido do Brasil justamente por ser uma legenda de bases municipalistas.
Apesar de estar dividido entre o grupo de Carlos Bezerra, atual presidente do partido, e o grupo do prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro, ambas as “panelinhas” são simpáticas ao nome de Eduardo Botelho.
O presidente licenciado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso trabalha para viabilizar o seu nome para a disputa pela Prefeitura de Cuiabá na eleição do ano que vem. Apesar dos fortes sinais de que o governador Mauro Mendes prefere que o candidato do seu partido, o União Brasil, seja o deputado federal Fábio Garcia (União), Botelho precisa do aval da diretoria da legenda para migrar para um novo partido, seja ele qual for. Isso porque a brecha para mudança de partido, a chamada “janela partidária”, para deputados estaduais é no fim do mandato e Botelho acaba de ser reeleito.
Botelho já recebeu convites para integrar o PSD, de Carlos Fávaro, o PSB, de Max Russi, e também estuda mudar para o Mais Brasil, partido criado a partir da junção do PTB com o Patriota.
“Então acredito que o cenário mais propício para essa discussão vai ser ali pelo mês de setembro, quando a gente já tiver dentro do partido uma definição pelo menos pelos próximos dois anos de quem vai ser o presidente da estadual, quem vão ser os presidentes dos diretórios municipais. Acho que essa discussão ganha corpo só depois de agosto”, concluiu Janaina.