FERNANDA ESCOUTO
DO CONEXÃO PODER
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) criticou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pelo corte de R$ 600 milhões na Saúde, dinheiro que foi destinado para pagamento de dívidas. Entretanto, a parlamentar disse que "não se surpreende" com a medida tomada pelo colega de partido.
A Saúde de Cuiabá, que já foi alvo de mais de 10 operações policiais devido a esquemas de corrupção durante a gestão de Emanuel, hoje está sob intervenção do Governo do Estado. Para Janaina, tirar dinheiro da Saúde para outros setores é uma forma que o prefeito encontrou para "boicotar" os trabalhos da intervenção.
“Dentro do partido, a gente não discutiu essa questão dos R$ 600 milhões, mas óbvio que é um absurdo, é um boicote ao trabalho que está sendo feito pela intervenção e a gente sabe que ali a Daniele Carmona [interventora] está tirando leite de pedra, sabe? Deu o máximo que ela podia dar, com o recurso mínimo que ela poderia ter”, disse Janaina à imprensa, nesta segunda-feira (13).
O corte previsto pela Prefeitura está na Lei Orçamentária Anual (LOA), encaminhada à Câmara Municipal de Cuiabá para aprovação em dezembro.
Conforme Daniele Carmona, por conta disso a intervenção não conseguirá cumprir o cronograma de restos a pagar em 2024.
“Eu acho que a intervenção tinha que ficar até o final da gestão do prefeito Emanuel, que seria no final do ano que vem, de 2024. Mas a gente sabe das dificuldades jurídicas com relação a isso. Eu lamento que isso esteja acontecendo em Cuiabá, mas não me surpreende”, concluiu Janaina.
Mesmo padrão
A intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá encerra no dia 31 de dezembro. De modo que, se não houver uma nova prorrogação, o prefeito Emanuel Pinheiro volta a ser o responsável pela gestão do SUS em Cuiabá, no dia 1º de janeiro de 2024.
Para manter o mesmo padrão nos serviços, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) vai fazer um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) para assegurar que, com o fim da intervenção do Governo do Estado na Secretaria Municipal de Saúde da Capital em dezembro, não haja retrocessos na Pasta.