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02 de Fevereiro de 2022, 08h:57 - A | A

Poderes / “ARAUTOS DA MORALIDADE”

Jayme detona políticos do Judiciário e chama Moro de traidor: "Não é sério um cara desses"

Senador criticou quem deixou a carreira no Judiciário para "se aventurar" na política e ressaltou que destino não foi feliz para nenhum

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



O senador Jayme Campos (DEM) voltou a criticar o ex-ministro da Justiça e ex-juiz federal Sérgio Moro (Podemos), afirmando que o político “já virou pó” antes mesmo de sua primeira disputa eleitoral. Afiado, o parlamentar ainda teceu duras críticas àqueles que deixaram o Judiciário para seguir a carreira na política em Mato Grosso, ressaltando que o destino de nenhum deles foi “feliz”. 

Na visão de Jayme, Moro demonstrou em sua carreira que não age com seriedade, e que sempre teve a intenção de entrar para a política, desde que ficou internacionalmente conhecido pela atuação nos processos da Operação Lava Jato. 

“O que me surpreendeu muito, e eu não concordo com ele, é que todas as ações que ele moveu, o Supremo Tribunal Federal jogou na lata do lixo, o que nos dá certeza que ele demonstrou que estava fazendo um jogo político. Tanto é que ele saiu da magistratura e foi ser ministro da Justiça do Bolsonaro. Após isso, não satisfeito, traiu Bolsonaro e lançou sua candidatura à Presidência da República. Não é sério um cara desses”, criticou o senador, em entrevista nessa segunda-feira (31). 

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Jayme destacou que seu desafeto pelo ex-ministro é tão grande que ele poderá deixar o partido caso o Democratas decida por apoiar a campanha de Moro à Presidência ou mesmo se o ex-juiz se filiar ao partido. Ele ainda avaliou que, em sua visão, Sérgio Moro “virou pó, como alguns em Mato Grosso”.Sem citar nomes, ele aproveitou apra criticar aqueles que deixaram seus cargos no Judiciário para entrar para a política.

“Aqui em Mato Grosso tem três ou quatro cidadãos que um era do Ministério Público Federal, outro era da Justiça Federal, outro da Justiça comum de Mato Grosso, e onde foram parar? Um foi derrotado; o que foi eleito, numa segunda vez foi enterrado; o outro que ganhou prendendo gente, não-sei-o-que de saia, foi cassado por caixa 2”, disse.

Nas referências, Jayme apontou o caso do ex-governador Pedro Taques (SD), que era procurador da República quando, após ficar conhecido pelas ações movidas contra o bicheiro João Arcanjo Ribeiro, se lançou candidato e foi eleito ao Senado, pela primeira vez. 

Ainda, citou o ex-juiz federal Julier Sebastião (PT), que deixou o cargo após 19 anos de toga com a intenção de disputar o governo estadual, e a ex-juíza Selma Arruda, que também ficou conhecida com a prisão do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva, e ações envolvendo grandes figurões da política, como o ex-governador Silval Barbosa. 

Selma também ficou conhecida como “Moro de Saias” na época de sua eleição, em 2018, em alusão ao ex-ministro, e conseguiu ser a senadora mais votada naquele pleito. No entanto, teve o mandato cassado por caixa dois e abuso de poder econômico em abril de 2019, em decisão reafirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2020.

“Isso é coisa séria? Isso é o falso arauto da moralidade. Um tá enterrado, outro tá semimorto e outro correu até o risco de ser preso porque cometeu alguns ilícitos. Não aposto muito nesse tipo de gente, não”, finalizou Jayme.

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