DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O senador Jayme Campos (União Campos) classificou, na manhã desta terça-feira (01), como “anarquistas” as manifestações que estão sendo feitas em Mato Grosso por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que se revoltaram com a eleição de Lula (PT), como presidente do Brasil na votação de domingo (30).
“Me parece que estou vendo aí um evento anarquista. Não é um movimento de fato de segmento, de classe. Não tem comando”, afirmou.
No estado, ao menos 25 trechos de rodovias estaduais e federais foram bloqueados por grupos de caminhoneiros e apoiadores do presidente, que cobram intervenção militar para impedir que Lula assuma em 2023.
Para o senador, os atos que se espalharam por 18 estados não têm fundamento legal. “Eu vi umas imagens que você percebe, eventualmente, que alguns vândalos estão interrompendo as rodovias federais do Brasil. É preciso restabelecer a ordem no Brasil", declarou.
Diante das obstruções, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou na noite de segunda-feira (31) que as polícias militares e Polícia Rodoviária Federal atuem na desobstrução. Além disso, determinou a aplicação de multas em caso de descumprimento.
Sobre a atuação do Supremo, Jayme apontou que foi "o mínimo a ser feito" e que espera que isso seja resolvido, devido ao risco de desabastecimento nos municípios.
“É o mínimo que tem que se fazer. Caso contrário é desobediência civil. (...) Vai ser resolvido, não tenho dúvida. Até porque tem que ser respeitada a decisão do povo brasileiro, que já se decidiu sobre o presidente da República. Esse movimento não tem nenhum fundamento, na medida em que a sociedade brasileira precisa de união”, disse.
"Isso está trazendo diversos prejuízos para a população de uma maneira geral, não só para as atividades econômicas. Daqui a pouco começa o desabastecimento, como é o caso de Alta Floresta, que eu já tenho notícia de que está com dificuldade de diesel e outros produtos", emendou.