FERNANDA ESCOUTO
DAFFINY DELGADO
O senador por Mato Grosso, Jayme Campos (União), avaliou que Carlos Fávaro (PSD) não agiu de forma decente ao tirar a suplente Margareth Buzetti (PSD) do Senado, sem avisá-la do seu retorno.
“Não comunicou o retorno para a senadora. Com todo respeito, mas não poderia fazer o que fez ontem, mas Deus sabe o que faz”, disse Jayme durante discurso, no lançamento do Sistema Habitacional de Mato Grosso, nesta quinta-feira (23).
Fávaro deixou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na quarta-feira (22), para participar de votações importantes no Senado, a fim de favorecer o governo Lula em pautas polêmicas, como a PEC que limita poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Marco Temporal.
Segundo Jayme, Buzetti estaria “com um chicote nas mãos”, pois estaria irritada com a postura de Fávaro. “A senadora está com chicote para dar em um cidadão nos próximos dias. Já sabe a quem quero me referir, né?”, disse rindo.
“Gente da melhor qualidade”, completou Jayme ao se referir a Fávaro, ironicamente, mesmo sem citar nomes.
PEC no Senado
Na noite de quarta-feira (22), o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dos senadores de Mato Grosso, apenas Carlos Fávaro votou contra. Wellington Fagundes (PL) e Jayme Campos (União) votaram a favor da proposta.
De autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o texto restringe as possibilidades de ministros do STF e desembargadores tomarem decisões individuais, as chamadas decisões monocráticas, e suspenderem a validade de leis e de atos dos presidentes da República, da Câmara e do Senado.
Apresentada em 2021, a PEC só ganhou força para ser analisada após julgamentos do STF irem contra o que foi discutido e aprovado por lideranças do Congresso, como a tese do Marco Temporal.