DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Juca do Guaraná (MDB), afirmou ao Repórter MT na manhã desta sexta-feira (22), que aguarda apenas o recebimento do inquérito da Polícia Civil e do parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) para decidir se realiza sessão extraordinária para julgar pedido de afastamento do vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos).
Paccola foi indicado pelo homicídio qualificado do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, 41 anos, conhecido como “Japão”.
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O crime aconteceu no dia 1º de julho, durante uma confusão no bairro Quilombo. Japão foi assassinado com três tiros pelas costas, em frente a uma distribuidora de bebidas.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu, na quarta-feira (20), as investigações e indiciou o parlamentar por homicídio qualificado, já que não deu qualquer chance de defesa à vítima.
Juca do Guaraná disse que já entrou em contado com a DHPP e solicitou o compartilhamento do inquérito, para que seja analisado.
"O delegado concluiu o inquérito na quarta, depois das 18h. Ontem mesmo eu fiz o pedido e a procuradoria pediu o compartilhamento do fim do inquérito. Não mandou ainda para nós. Pedi ontem, estou aguardando e respeito o prazo que eles devem ter para enviar", afirmou.
O presidente do legislativo disse que já conversou com o presidente da CCJR, Chico 2000, e com o presidente Comissão de Ética, Lilo Pinheiro (PSD). A CCJR, que analisa o pedido de afastamento imediato de Paccola, afirmou que ainda não tem um parecer sobre o pedido.
Pela falta desse parecer e sem acesso ao inquérito, Juca explicou que poderia marcar a sessão “a qualquer hora, mas precisa ter cautela”.
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“O prazo principal é termos o acesso a esse compartilhamento e deixar que a CCJR possa fazer o seu trabalho. A CCJR tem que ter cautela nesse procedimento. Posso pedir a hora que eu quiser, mas eu tenho que esperar essas coisas”, explicou.
“Tenho até que parabenizar a DHPP, que foi muito célere com a questão do fechamento do inquérito. Mas eu preciso ter o teor. Não posso convocar uma sessão pra hoje ou segunda sem ter nada em mãos. Preciso do inquérito e do parecer CCJ. Tenho que fazer tudo com cautela”, acrescentou.