CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Juca do Guaraná Filho (MDB), defendeu que a vereadora Michelly Alencar (DEM) não tinha direito à resposta durante bate-boca que resultou no encerramento na sessão legislativa desta quinta-feira (4), ao contrário do que alega a parlamentar. Ele ponderou que, entretanto, poderia ter evitado a confusão se tivesse lhe deixado falar.
“Ela não precisava invocar o artigo, falar que falaram o nome dela, porque ela não foi ofendida, não teve ofensa. O regimento fala que tem que ter ofensa. Mesmo não sendo ofensivo, acho que deveria ter dado a palavra para ela falar cinco minutos ou dois, e acabaria com isso lá, mas foi o calor do momento”, avaliou Juca.
O bate-boca na Câmara girou em torno de uma acusação feita pelo vereador Sargento Vidal (Pros), de que Michelly teria sugerido possível compra de votos no pedido de abertura de uma Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro. O requerimento seria votado nesta sessão de quinta-feira, mas, diante das discussões, ficou para segunda-feira.
À imprensa, após a discussão, Michelly afirmou que se sentiu atacada, ofendida, e que teria sido silenciada pelo presidente do Parlamento, que lhe negou a possibilidade de responder a Vidal. Segundo pontuou, o comentário do colega foi feito em relação a uma repostagem de uma análise política do jornalista Onofre Ribeiro.
Durante a sessão, Vidal chegou a questionar a Comissão de Ética em relação à postura de Michelly e da suposta acusação feita pela vereadora. Segundo Juca, apesar do comentário, é necessário que Vidal formalize um pedido de análise para que a Comissão possa atuar sobre possível quebra de decoro da parlamentar.
“Se ele quiser, vai ser levado e analisado pela Comissão de Ética. Mas não cabe à mim, não falei com ele depois”, finalizou.
