DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O presidente da Câmara Municipal, vereador Juca do Guaraná (MDB), afirmou nesta terça-feira (05), que a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, cometida pelo vereador tenente coronel Marcos Paccola (Republicanos), foi um "caso isolado e não suja a imagem" da Casa de Leis.
Logo após a sessão, Juca foi questionado se o caso do Paccola não voltaria a manchar a imagem da Casa. "É um caso isolado. Quando você fala de um deputado, não pode falar Assembleia Legislativa. Quando você fala de um magistrado, não pode falar que é o Tribunal de Justiça. E, assim, quando você fala de um vereador, não se pode falar da Câmara. Temos atitudes de vereadores aqui que têm honrado o nome desta Casa, então, fale da pessoa e não da instituição”, destacou.
A Câmara Municipal já passou por vários escândalos envolvendo vereadores e vinha trabalhando para reestabelecer sua imagem e deixar a alcunha de "Casa dos Horrores".
"Estamos trabalhando aqui com todos os vereadores para reestabelecer esse respeito, que voltamos a ganhar da população cuiabana", afirmou Juca.
Marcos Paccola matou o agente com três tiros na noite de sexta-feira (01), durante uma confusão na frente de uma distribuidora de bebidas no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá.
Ainda conforme Juca do Guaraná, a Comissão de Ética está acompanhando o trabalho realizado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para desvendar se, de fato, o parlamentar agiu em legítima defesa ou não.
Enquanto o trabalho é realizado, o vereador permanece no cargo. Entretanto, a vereadora Edna Sampaio (PT) protocolou um pedido de afastamento e cassação do mandato de Paccola, que deverá ser analisado esta semana.