CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O ex-governador e ex-senador Júlio Campos (União Brasil), pré-candidato a deputado estadual, afirmou que a situação que envolve sua possível saída do partido está ligada a “um instinto de sobrevivência”.
Segundo ele, o problema é que, sem coligações, a viabilidade do projeto rumo à Assembleia Legislativa se torna mais complexa, uma vez que é necessário um maior número de votos.
Além disso, o União Brasil teria muitos nomes considerados fortes em sua chapa a deputado estadual, mas poucos candidatos considerados de “médio e pequeno porte”, como colocou, o que dificulta para que a chapa fique completa e atinja o máximo de votos possíveis.
“É instinto de sobrevivência. Cada um está achando que não é fácil uma eleição com bastante candidatos, com potencial de votos exigidos muito grande”, disse Júlio Campos.
“Temos que ter uma chapa que consolide a eleição de três ou quatro deputados nessa legenda. Com a dificuldade de formação de candidatos de médio e pequeno porte, ainda está [difícil]… De uma chapada de 25, temos confirmados 15 nomes, então ainda precisa encontrar 10 candidatos para completar a chapa”, completou.
Atualmente, além de Júlio, o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco e o secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer, Beto Dois a Um, também estão propensos a deixar a sigla em razão da mesma dificuldade.
Júlio destacou que, como o partido tem seis candidatos “de primeiro escalão”, ou seja, considerados fortes, muitas lideranças não querem entrar na disputa para não serem feitas de “escada”, isto é, que participem do pleito apenas para angariar votos, para que outras lideranças possam ser eleitas.
Em reunião nesta terça-feira (22) com o governador Mauro Mendes (UB), as lideranças discutiram alternativas para a dificuldade. Segundo Júlio, a intenção da sigla é procurar por novos potenciais, como pretensos candidatos a vereador e vereadores já eleitos e que têm intenção de disputar as prefeituras em 2024.
Enquanto o ex-governador já sinalizou que, agora, pode se manter no União, o deputado Dilmar e o secretário Beto não confirmaram se ficam ou se saem.