APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER
O deputado estadual Júlio Campos (União), disse nessa quinta-feira (17), que acredita que se o União Brasil se dividir por conta da eleição municipal de 2024 não vai ter força para chegar sequer ao segundo turno. Para o parlamentar, se isso vier a acontecer, a legenda, que é uma das maiores do Estado, corre o risco de perder o protagonismo na disputa.
“Se o União Brasil, que é uma força consolidada em Mato Grosso partir unido, nós temos chance de ir para o segundo turno e de ganhar o segundo turno. Agora, se dividir, se desunir, nós não vamos sequer para o segundo turno. Corremos o risco de ficar em terceiro ou quarto lugar, sem uma perspectiva de disputar a sucessão de Cuiabá, sendo obrigado a apoiar no segundo turno o outro candidato”, disse o deputado.
Júlio destacou que nenhum partido é homogêneo e, mesmo dentro do União, há correntes de pensamento diversas. Além disso, na visão do deputado, existem pré-candidaturas fortes sendo construídas em outras legendas, o que não pode ser ignorado.
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“Nós temos duas ou três correntes dentro da União Brasil. O ideal é nós estarmos unidos para termos a chance de ir para o segundo turno e até de ganhar as eleições da Prefeitura de Cuiabá, que não vai ser fácil. E nós temos candidatos adversários potencialmente fortes, como é o caso do Abílio Júnior do PL, Lúdio Cabral ou Rosa Neide do PT. Não podemos desconhecer o vice-prefeito José Stopa, do PV”, avaliou.
O parlamentar disse ainda que é preciso que ambas as vertentes do União Brasil que já tem seu pré-candidato, Eduardo Botelho ou Fábio Garcia, mantenham a calma e façam de tudo para permanecer unidos.
“Acho que tá muito precipitado a pré-escolha do candidato. Primeiro que a eleição só é em outubro de 2024. Segundo que a janela partidária se abre em março do ano que vem. De 1º a 30 de março é que podem haver mudanças de partido. Então, pra que essa precipitação? O partido tem que fazer todo o possível para permanecer unido, unidos com todas as forças políticas que hoje compõem o União Brasil”, destacou.
“Eu acho que o deputado Botelho já entendeu isso, junto com o deputado Fábio Garcia. Nós temos que levar esse processo sucessório até a final do ano, com diálogo, com bom entendimento, até porque o governo Mauro Mendes, se houver um rompimento agora, teria dificuldades maiores no Poder Legislativo”, concluiu.