CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
Presidente estadual do PDT, o deputado estadual Allan Kardec confessou ter dificuldades para montagem de chapas para disputa a deputado estadual e federal em Mato Grosso, e justificou que isso se dá porque estaria sozinho para as articulações. Agora, ele avalia convites de outras siglas e o futuro no próprio partido.
Filiado ao PDT desde 2018, Kardec dividia com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) a tarefa das articulações. No entanto, após a saída do líder em 2020, no âmbito da eleição suplementar ao Senado, Kardec passou a ser a única liderança com mandato, salvo os oito prefeitos da legenda.
Segundo o deputado, as eleições de 2022 apresentam novas dificuldades, que o fazem avaliar se é viável sua continuação no PDT. Uma reunião com o presidente nacional, Carlos Lupi, deverá esclarecer sobre os rumos da sigla em Mato Grosso.
Embora nos bastidores já corra rumores de que o pedetista tenha decidido se filiar ao PSB, do deputado estadual Max Russi, Kardec afirmou, nesta quarta-feira (30), que ainda é possível sua permanência no PDT, desde que sejam apontadas as condições necessárias para fortalecerem seu nome para as eleições.
“Está muita conversa para todos os lados. Caso eu e meu agrupamento político fiquemos no PDT, vamos tomar uma decisão de qual chapa vamos priorizar. Óbvio que, para a minha reeleição, seria a chapa de estadual, só que, pelo quantitativo de pessoas disponíveis e com qualidade, é possível que eu fique para disputar a federal no PDT. Então, vai depender da conversa com Lupi, de como ele encara essa situação em Mato Grosso”, disse o deputado.
Ainda segundo ele, caso o partido consiga levantar pelo menos três mulheres com nomes competitivos e cinco homens, o PDT pode focar os esforços na eleição da chapa para deputado federal, para a qual passaria a concorrer.
A reunião com o presidente nacional está marcada para essa quinta-feira (31). Caso decida sair do partido, Kardec tem até sábado (2) para assinar a filiação.