CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (DEM) disse lamentar que as associações da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar tenham se manifestado contrárias à proposta que modifica as regras da previdência especial da categoria em Mato Grosso.
O projeto foi anunciado pelo governador no dia 14 de dezembro como uma alternativa para a demanda dos militares, que desde o início do tentam garantir a redução da alíquota, até então aplicada em 14%, para 10,5%. Essa alíquota já havia sido combinada pelo governo estadual na época da reforma da previdência, em 2019, seguindo diretrizes do governo federal.
“É lamentável que algumas pessoas só olhem para o seu próprio umbigo e não agradeçam aquilo de bom que acontece”, criticou o governador.
“Todos os dias tenho desafios para enfrentar. Eu não tenho as condições ideais que gostaria no Estado, ninguém tem, vocês não têm, mas existe aquilo que é possível. Existem avanços no dia a dia e é importante que a gratidão seja um valor para o ser humano”, completou.
A proposta do governo foi que aqueles que recebem salários de até R$ 9 mil passarão a contribuir com a alíquota de 10,5%. Já quem recebe acima desse valor passa a ter duas alíquotas de contribuição: 10,5% até o montante dos R$ 9 mil e, acima disso, 14%.
Após a apresentação do projeto, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar foi a primeira a manifestar preocupação com a proposta. O sargento PM Laudicério Aguiar Machado, que preside a associação, lembrou que o projeto descumpre a alíquota inicial de 10,5% e causa segregação. Ele classificou a proposta como “ouro de tolo”, sugerindo que o projeto não é benéfico como sugere o Estado.
Apesar das manifestações, os deputados da Assembleia Legislativa aprovaram o projeto de lei. O texto, agora, aguarda sanção do governador. Segundo Mauro, não há uma data prevista para a sanção, uma vez que uma equipe técnica do Estado ainda deve reanalisar o texto.