EUZIANY TEODORO
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (União Brasil) mostrou não concordar com projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa, que reduz a jornada em 50% de servidores que sejam responsáveis por pessoas com alguma deficiência.
Para Mauro, aprovar o projeto criaria “uma ilha de desigualdade” na sociedade e demonstra que deve vetar o PL quando chegar às suas mãos.
“Nós não podemos criar, dentro do serviço público, uma ilha de desigualdade com a sociedade. Pergunto a vocês: alguém tem, quem trabalha na imprensa, na indústria, no comércio, no agro, enfim, mais de 90% da população, alguém tem esse benefício? Alguém tem esse benefício de ter uma pessoa com dependência, poder reduzir jornada na empresa? Não tem”, comparou, em entrevista nesta semana.
Segundo ele, quem “paga a conta” dessa jornada reduzida, é a população em geral, que deixaria de contar com serviços públicos plenos.
“Quem paga essa conta somos todos nós. Então esse senso de justiça que precisa cada vez mais permear. O servidor público é importante, muito importante, mas não podemos ter direitos aqui tão diferentes ou tão maiores do que tem lá fora.”
Para ele, o governo precisa trabalhar com “senso de justiça” e não criar desequilíbrios.
“Procuro trabalhar todos os dias com esse senso de justiça, daquilo que é correto, e não criar desequilíbrios aqui dentro do Governo, tornando o serviço público uma ilha de privilégios, porque isso não é bom pra ninguém”, concluiu.