EUZIANY TEODORO
DO CONEXÃO PODER
O governador Mauro Mendes não poupou críticas à direção nacional do próprio partido, o União Brasil, por ter “barganhado” apoio para conseguir cargos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O União Brasil, que apoiou a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, hoje faz parte da base petista no Congresso Nacional. Em troca, ocupa três ministérios na Esplanada.
Em entrevista ao UOL na manhã de hoje (10), Mauro afirmou que não vê sentido nessa “fisiologia histórica”.
"Sou contra esse fisiologismo histórico da política brasileira de ficar trocando cargo por apoio. Não faço isso aqui no meu estado", disse.
"O parlamento tem um papel importante: tem que fiscalizar, aprovar as leis, tem que fazer um bom debate. Não tem que ficar comprando ou barganhando apoio fazendo distribuição de cargos, discordo disso. Ter indicações políticas não é errado, mas não podemos entrar nesse fisiologismo", emendou.
Para Mauro, Lula deveria ter autonomia para escolher seus ministros, sem pressão de partidos. Da mesma forma, senadores e deputados federais têm obrigação de votar pensando no Brasil e não em cargos políticos.
"Não podemos ficar contra coisas boas para o Brasil só por estar em um partido de oposição. Isso é um equívoco grande, é desrespeito ao cidadão, ao eleitor brasileiro e todos nós. Se é bom para o Brasil, por que não se aproximar?"