RAFAEL COSTA
DO CONEXÃO PODER
O governador Mauro Mendes (União Brasil) declarou nesta terça-feira (19) que o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) cria uma "cortina de fumaça" ao denunciar um suposto rombo de R$ 183 milhões nas ações do gabinete de intervenção.
"É uma cortina de fumaça. Ele [Emanuel] usa muito essa estratégia milenar, até porque, está envolvido em um desvio de dinheiro público que foi não pagar o FGTS e o INSS dos servidores. Nunca pedi para algum servidor fazer alguma coisa errada. O Ministério Público tem que investigar e vai descobrir que é denúncia falsa, inexistente", disse. A declaração foi dada à imprensa durante visita a um conjunto de obras públicas.
O governador ainda declarou que o prefeito seria uma pessoal 'sem moral' que age descaradamente para enganar a população. "Ele não tem preocupação com verdade ou mentira. É uma acusação leviana; um crime menor para ele", concluiu.
O prefeito Emanuel Pinheiro entregou documentos ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), no dia 8 deste mês.
“O que nos traz aqui é para entregar uma verdadeira caixa preta da intervenção na saúde. Documentos oficiais que levam a indícios comprobatórios de malversação dos recursos públicos, na intervenção da saúde, num rombo que poderá chegar a mais de R$ 183 milhões. São R$ 46 milhões de dívidas nos 5 meses de gestão, somado a R$ 10 milhões de retenção de servidores e de prestadores de serviços não repassados ao credor”, declarou Emanuel.
A saúde de Cuiabá está sob intervenção do Estado desde março e só será encerrada em 31 de dezembro. A administração pelo Estado foi autorizada pelo Tribunal de Justiça diante da grave precariedade dos serviços, pautada por descumprimento de ordens judiciais e falta de medicamentos em unidades básicas de saúde.
