29 de Maio de 2023, 08h:36 - A | A

Poderes / OBRA PARADA

Mauro detona entrave à Ferrogrão: É uma “hipocrisia ambiental” patrocinada pelos inimigos do Brasil

Obra do Modal está parada por causa de uma área de 866 hectares no Pará

APARECIDO DO CARMO
DO CONEXÃO PODER



O governador Mauro Mendes (União) chamou de “hipocrisia ambiental” o argumento que tem travado as obras da Ferrogrão, que ligará Sinop (500 km de Cuiabá) a Mirirituba (PA), dando um “boom” ao escoamento da safra mato-grossense. Em entrevista neste sábado (27), o governador afirmou que essa é uma iniciativa “patrocinada pelos inimigos do Brasil”.

“É lamentável que exista essa ‘hipocrisia ambiental’ no Brasil. Proteger o meio ambiente, todos nós temos o dever de fazer, é necessário que façamos, porém não dá para ficar com hipocrisia ambiental. Os inimigos do Brasil estão cuidando desse chamado ‘meio ambiente’ pra prejudicar o país e a Ferrogrão é algo parecido”, afirmou.

Atualmente, todos os trâmites em relação ao modal estão paralisados, em razão de uma decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acatou pedido de um partido político. O julgamento do mérito da ação está marcado para começar na próxima quarta-feira (31 de maio).

 

 O autor da ação alega que uma área de apenas 866 hectares não poderia ter sido suprimida do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, por meio de medida provisória, mas sim por uma lei diretamente no Congresso Nacional.

 

 

Por causa desse entrave, apontado como "dano ambiental" também pela ministra dos povos indígenas do governo Lula, Sonia Guajajara, que solicitou suspensão do projeto à AGU (Advocacia Geral da União), mais uma vez as obras ficam sem previsão.

Segundo Mauro, a Ferrogrão significa justamente menos danos ao meio ambiente, pois utiliza menos combustíveis fósseis. Por isso, os argumentos que entravam a obra são “desculpas milimétricas” para prejudicar o país, na opinião do gestor.

“Parece que é alguém que quer ser contra a nossa logística, contra a nossa produtividade, contra a nossa eficiência, que não quer deixar o agronegócio brasileiro trabalhar. Precisamos ter um meio de transporte para o mundo inteiro, que inclusive é melhor para o planeta, melhor para o meio ambiente, porque vai consumir menos combustíveis fósseis e vai trazer ganhos sobre diversos aspectos. Por causa de milímetros de embargo querem justificar dar um prejuízo gigantesco desse para o país”, concluiu.

 

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