02 de Outubro de 2024, 08h:05 - A | A

Poderes / FUGIU PARA O RJ

Mauro detona soltura de líder de facção em MT e quer esclarecimentos do Judiciário

O líder de facção criminosa,. conhecido como Batman, rompeu a tornozeleira eletrônica e fugiu para um morro no Rio de Janeiro

APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER



O governador Mauro Mendes (União) disse que o Judiciário está interpretando mal a legislação penal do país. A declaração foi feita durante uma entrevista coletiva realizada na segunda-feira (30), quando o chefe do Executivo estadual comentava a fuga do criminoso conhecido como “Batman”, líder de facção criminosa, que rompeu a tornozeleira e fugiu para o Rio de Janeiro.

Jonas Souza Garcia Júnior foi solto na quarta-feira (25), com uso de tornozeleira eletrônica. Na sexta-feira (27), a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) identificou que ele havia rompido o aparelho.

 

Nossos policiais colocam-se em condição de risco para prender meliante, bandido, vagabundo, e daí a pouco a Justiça solta

Uma nova ordem de prisão chegou a ser expedida, no sábado (28), mas a informação que se tem é que ele fugiu para o Rio de Janeiro e está escondido em uma favela dominada pela facção a qual ele é ligado.

 

 

“É lamentável, gente. Mais um episódio desse prende e solta que a gente vive sofrendo em Mato Grosso e provavelmente no Brasil inteiro. A polícia empreende esforços gigantescos, nossos policiais colocam-se em condição de risco para prender meliante, bandido, vagabundo, e daí a pouco a Justiça solta”, disse o governador.

 

 “Solta porque a lei é frouxa, solta porque o Judiciário está interpretando de forma equivocada a legislação. Nós precisamos conversar um pouco mais sobre isso com o Judiciário. Eu tenho criticado muito as leis frouxas desse país, mas eu acredito que nós temos que ter um diálogo com o Judiciário”, acrescentou.

 

 O governador manifestou indignação com a ordem de soltura de uma liderança do crime organizado em Mato Grosso e destacou que a Justiça precisava ter entendido que aquela não era uma pessoa que poderia ter sido solta.

“É óbvio que esse cara não estava em condição de ser solto, nós temos que saber porque que soltou e nós vamos ter essa conversa com o Judiciário”, destacou o governador que sinalizou que buscará essa interlocução com a Justiça Estadual.

“É um retrabalho quase impossível. Ele vai e sobe na favela do morro. Como é que a gente vai entrar na favela do morro para tirar bandido lá de dentro? Quase impossível”, finalizou.

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