EUZIANY TEODORO
DAFFINY DELGADO
O governador Mauro Mendes (União Brasil) deixou clara sua insatisfação com a decisão do pleno do Tribunal de Contas da União (TCU), que referendou decisão liminar do ministro Aroldo Cedraz e manteve suspensa a licitação do Bus Rapid Transit (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande. Para Mauro, “é um erro absurdo”.
“É um absurdo. É um absurdo o que o TCU fez. Vamos reconhecer. Aqui não tem um centavo de verba federal. Isso é verba estadual. O TCU fez uma presepada, a meu ver”, disse, em entrevista nesta segunda-feira (16).
O governador lembra que não existe recurso federal envolvido na licitação do BRT – modal escolhido para substituir o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) – portanto, o TCU não poderia se manifestar. “Qualquer ‘bocozinho’ sabe disso”, ironizou.
“Respeito o ministro, mas a assessoria dele cometeu ou um engano ou algo que precisa ser explicado aí, porque não tem um centavo de verba federal. É 100% dinheiro de Mato Grosso, então o TCU não tem que se meter nessa historia. Qualquer ‘bocozinho’ sabe disso. Como é que o TCU não sabe disso?”, questionou.
Mauro garante que vai recorrer “até onde for necessário” para fazer com que o BRT saia do papel.
“Claro que vamos tomar todas as medidas possíveis e necessárias. O que foi feito aí é um absurdo. Eu acho que até, vou usar outras palavras pra não ser agressivo, mas o que o TCU fez não é sério, não é correto”.
A decisão do TCU atende pedido da Prefeitura de Cuiabá, representada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que não quer abrir mão do VLT na capital.
Para Mauro, o VLT é “o filho da corrupção” e não deve ser retomado, apesar de mais de R$ 1 bilhão ter sido gasto com o modal.
“Vocês querem que eu vá ressuscitar o filho da corrupção? Eu já disse e repeti várias vezes: o VLT é filho da corrupção. Nasceu na base da corrupção”, concluiu o governador.
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