RAFAEL COSTA
DO CONEXÃO PODER
O governador Mauro Mendes (União Brasil) declarou nesta terça-feira (11) que aposta no trabalho dos três senadores por Mato Grosso, Jayme Campos (União), Mauro Carvalho (União) e Margareth Buzetti (PSD), para que seja mantido o Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação), previsto para encerrar em 2043, conforme a Reforma Tributária aprovada pela Câmara dos Deputados.
"São três grandes senadores que saberão conduzir as conversas para evitar prejuízos a Mato Grosso. O Jayme Campos é ex-governador, experiente, a Margareth Buzetti é uma mulher aguerrida, com vida empresarial, e o Mauro Carvalho entende muito bem do tema. Essa briga tem impacto zero no meu mandato. Estou brigando por Mato Grosso e pelo que considero correto. Vou empenhar toda a energia necessária para que seja garantido o FETHAB", disse.
Segundo Mauro, a extinção do principal incentivo fiscal para a industrialização pode causar uma perda de R$ 3 bilhões para Mato Grosso. O Fethab é a contribuição do agronegócio, baseada na produção, usada para financiar obras de transporte, habitação e infraestrutura.
Na avaliação do governador, Mato Grosso tem cumprido a finalidade de honrar com investimentos em estradas e a extinção do fundo compromete a qualidade futura da malha viária. "Se quiserem acabar com o fundo não vai ter investimento em rodovias. O setor do agronegócio está satisfeito com a contribuição porque tem retorno. Não houve nenhum protesto ou manifestação contrária na Assembleia Legislativa das renovações de cobranças que foram feitas", pontuou.
Mendes também reforçou que vai abrir diálogo com outros governadores na tentativa de convencer a maioria do Senado a não prosseguir com a extinção dos fundos estaduais. "Já tive conversas com Ronaldo Caiado [governador de Goiás], Helder Barbalho [governador do Pará] que são atingidos pela redação da lei. O Sul e o Sudeste tem um modelo industrial muito mais avançado com mais acesso à mão de obra, logística e equipamentos. Os investimentos em infraestrutura e a atração de indústrias é essencial para outras regiões do país", completou.
Após ser aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados, a reforma tributária será votada pelo Senado após o recesso legislativo.