APARECIDO DO CARMO
DO CONEXÃO PODER
O governador Mauro Mendes (União) voltou a defender nesta terça-feira (11) uma reforma administrativa no Brasil, antes da reforma tributária que vem sendo articulada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O cidadão brasileiro, nós, eu, você, como cidadãos; todos nós brasileiros gostaríamos de pagar menos impostos e ter um estado mais eficiente. Então antes de fazer uma reforma tributária, nós teríamos que fazer uma reforma administrativa nesse país, para tornar o estado brasileiro mais eficiente”, disse o governador em entrevista para a Jovem Pan News.
Mauro recordou que discussões sobre o modelo tributário vêm sendo feitas por sucessivos governos ao longo dos últimos 30 anos, sem que tenha se avançado de fato nessa discussão.
“Isso vem acontecendo porque o Estado Brasileiro, em todos os seus sentidos, é um estado ineficiente. Ele gasta mal, arrecada de forma desorganizada, é muito complexo. Nós temos muitos tributos, uma burocracia gigantesca e isso favorece a sonegação, favorece a elisão fiscal e mais uma vez a gente vai debater esse tema”, disse.
O governador também criticou a frouxidão das leis, que permite que o crime organizado use as brechas do ordenamento jurídico para crescer e aumentar seu domínio sobre as diferentes regiões do país.
“As nossas leis são muito lentas, burocráticas. Olha o exemplo que eu tenho aqui no meu estado: o maior orçamento é a Secretaria de Ssegurança. E por mais que você invista em segurança, a violência no país continua crescendo nos últimos 30 anos. Então isso mostra que o arcabouço jurídico para a Segurança Pública precisa ser revisitado pelo Congresso Nacional”, defendeu.
Por mais que a proposta do governo federal para simplificar a tributação no país seja benéfica, para Mauro Mendes, a situação poderia ser diferente se as autoridades federais estivessem discutindo uma reforma administrativa.
“Uma mudança mais estrutural na tributação brasileira tem que ser precedida de uma reforma administrativa para tornar o estado brasileiro mais barato, mais eficiente. E aí, nós termos uma reforma tributária que possa permitir ao cidadão pagar menos impostos, ou mesmo pagando os mesmos impostos, que nós tenhamos mais retorno para o cidadão, para a sociedade, o que infelizmente acontece muito pouco no Brasil”, concluiu.