APARECIDO DO CARMO
DO CONEXÃO PODER
O governador Mauro Mendes (União) afirmou, durante discurso na entrega da UPA Jardim Lebon, que se sente e trabalha como se fosse o "prefeito da Saúde de Cuiabá". A fala faz referência à decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que determinou em março que o Governo do Estado intervisse na Secretaria Municipal de Saúde.
Mauro, que evitou citar o nome do prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), durante a solenidade, disse que sente nesta condição, porque foi ele quem nomeou a interventora, que é a atual responsável pela Secretaria de Saúde da Capital, Danielle Carmona. Além disso, o governador ressaltou, que a Justiça tirou de Emanuel a responsabilidade sobre a pasta.
“Hoje estamos aqui na condição, primeiro de governador do estado de Mato Grosso, e também, nesse momento, na condição de prefeito da Saúde de Cuiabá. Porque se eu nomeei a secretária de Saúde, a Dani, o Hugo e toda uma equipe que foi escolhida por nós, eu me sinto e trabalho como se fosse o prefeito da Saúde, porque esta é a minha função”, disse o chefe do Executivo estadual.
“Foi essa a determinação que eu recebi do Tribunal de Justiça, a pedido do Ministério Público, para que houvesse essa intervenção, e que o governador do estado escolhesse então a equipe que ia tomar conta da Saúde, afastando as atribuições do prefeito municipal”, completou.
O governador recordou que foi em sua gestão à frente da Prefeitura de Cuiabá que foram iniciadas as obras da UPA Leblon, ainda em 2016. “Lembro como se fosse hoje quando nós estávamos definindo as estratégias para melhorar a saúde e definimos que íamos construir uma UPA nova em algumas regiões da cidade – a UPA Verdão, a UPA Leste, a UPA do Pascoal Ramos”, disse.
“Para mim, e tenho certeza que para todos nós, é sempre um momento importante quando a gente tem a oportunidade de entregar algum tipo de realização às nossas comunidades”, concluiu.
A intervenção na Saúde de Cuiabá teve início no dia 14 de março de 2023 e deve ser concluída em 31 de dezembro de 2023. Apesar dos esforços do prefeito da Capital, nem o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), aceitaram interferir na decisão do Judiciário Estadual.