11 de Fevereiro de 2024, 10h:36 - A | A

Poderes / CORTINA DE FUMAÇA

Mauro: Órgãos de controle têm que abrir os olhos com decreto de Emanuel; ele é o recordista de esquema de corrupção

Para governador, prefeito de Cuiabá quer "quebrar novamente o seu recorde" de operações policiais.

RENAN MARCEL
DO CONEXÃO PODER



O governador Mauro Mendes (União) disse, nesta sexta-feira (09), que os órgãos de controle do estado devem abrir os olhos para o decreto da Prefeitura de Cuiabá que estabelece estado de calamidade na Capital. Com o decreto, além de receber mais repasses do Governo Federal do Governo do Estado, o prefeito pode fazer compras de medicamentos e equipamentos da área da saúde sem a necessidade de licitação.

“Abram o olho os órgãos de controle, ele está querendo abrir a porta para aquilo que nós tivemos [no passado]. Ele já é o recordista mundial de esquema de corrupção. O Guinness Book deve estar vindo por aí, porque eu desconheço no Brasil e talvez no mundo civilizado uma prefeitura que teve 19 operações”, ironizou o governador.

“Com esse decreto, abram os olhos os órgãos de controle porque ele está querendo um caminho para quebrar novamente o seu recorde”, acrescentou.

 

 Na quinta-feira (08), o prefeito da Capital decretou estado de calamidade alegando dificuldades financeiras por conta ainda da pandemia e uma previsão de déficit de R$ 200 milhões para o ano de 2024.

 

 Para Mauro Mendes, trata-se de uma “cortina de fumaça” do prefeito de Cuiabá para esconder os escândalos de corrupção registrados na sua gestão à frente da gestão da Capital.

“[Emanuel] tenta criar cortina de fumaça para esconder os escândalos, 15 escândalos de corrupção na Secretaria de Saúde, o caos que é a administração dele, uma administração atolada em buracos, escândalos financeiros e também uma administração pífia e caótica. Ao meu ver, a pior da história da nossa Cuiabá em mais de 300 anos”, disse o governador.

Decreto de calamidade

Com a decretação do estado de calamidade pública na área da Saúde, o repasse de recursos para a Prefeitura deve ser simplificado. Além disso, o prefeito poderá realizar compras de medicamentos e materiais hospitalares sem a necessidade de licitação.

“Nós queremos, por exemplo, que o estado de Mato Grosso, que passou mais de R$ 96 milhões para a intervenção, repasse esse mesmo valor [para o Município]. E essa preocupação foi apontada no próprio diagnóstico situacional do Ministério da Saúde, que prevê que não haverá esse repasse, o que pode comprometer a gestão da saúde pública local”, disse o gestor municipal em coletiva de imprensa.

Conforme o prefeito, a administração municipal vai procurar o TCE, o MP e a Assembleia Legislativa, dentre outros órgãos, para intermediar as negociações com o governador Mauro Mendes (União).

Emanuel Pinheiro ainda disse que vai orientar a sua equipe a buscar a bancada federal, o governo federal, o governo estadual, os deputados estaduais e os vereadores para encontrarem uma solução para a Saúde da Capital.

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