DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O governador Mauro Mendes (União Brasil) disse nesta segunda-feira (19), que o Congresso Nacional não deve aprovar o Projeto de Lei 337/2022, que prevê a exclusão do Estado de Mato Grosso, do limite dos estados inseridos na Amazônia Legal. Para ele, a 'pressão' de ambientalistas do mundo todo deverá ser muito grande, de maneira que inviabilize a aprovação da proposta.
“Vai ganhar polêmica e no final do dia não vai passar porque a pressão vai ser tão grande e não vai dar”, declarou em entrevista ao programa Tribuna da rádio Vila Real FM.
A PL é de autoria do deputado federal Juarez Costa (MDB/MT) e começou a tramitar em Brasília em fevereiro deste ano. De acordo com o texto, o argumento utilizado seria o crescimento da população mundial e o aumento da demanda nacional e internacional por alimentos.
Mauro explicou que a única coisa que o Estado ganharia com essa situação é polêmica e desgaste.
"Esse é um tipo de briga que vai ter o desgaste para Mato Grosso e no final o Congresso não vai aprovar isso, porque a pressão vai ser tão grande que não vai aprovar. Pressão internacional, nacional vai ser de tudo quanto é lado. Aqui dentro nós somos ambientalistas também, eu sou um cara a favor do meio ambiente também, todos nós somos. Então não é por aí não, é muito barulho e pouco resultado".
O projeto tem gerado polêmica entre os parlamentares e órgãos de defesa do meio ambiente.
O Código Florestal de 2012 estabelece que propriedades rurais localizadas em áreas de florestas mantenham 80% de percentual de reserva legal, nos quais a vegetação nativa deve ser mantida.
Nove estados compõem a Amazônia Legal: Mato Grosso, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
Desmatamento
Em relação a questão do desmatamento, o governador destacou que o Brasil tem as leis mais rígidas do mundo e que as Ongs misturam os números dos desmatamentos legal e ilegal para sacanear o Brasil.
“Não tem nenhum lugar do mundo que você tem lá mil hectares e só pode usar 800, os outros tem que ficar lá cuidando, que se pegar fogo você é o culpado, se alguém invadir você é o culpado, se alguém for tirar uma madeira ilegal lá você é o culpado e lugar nenhum do mundo tem isso”, disse.
“Agora se ela diz que o cara pode na área amazônica desmatar 20% porque está na lei, ele tem o direito de fazer. E essas ongs elas não separam, ow tantos por cento foi ilegal e tantos por cento foi legal, elas embolam tudo para ficar sacaneando o Brasil. Pow parar com isso. O Brasil e o Mato Grosso são as regiões do planeta que mais produz alimento e respeitam o meio ambiente. Não tem ninguém, ninguém no mundo que faz o que Mato Grosso faz”, emendou.