20 de Junho de 2024, 15h:00 - A | A

Poderes / ACORDO FECHADO

Mauro: Venda do VLT é um negócio que caiu do céu; ficar com aquilo apodrecendo seria algo extremamente ruim

Governo vai usar dinheiro para custear obras do BRT e comprar os ônibus necessários para este modal.

APARECIDO DO CARMO
DO CONEXÃO PODER



O governador Mauro Mendes (União) disse, nesta quinta-feira (20), que a venda dos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o governo do estado da Bahia foi uma oportunidade que “caiu do céu” para que Mato Grosso recuperasse o dinheiro que foi gasto com o modal, que nunca chegou a sair do papel.

Na tarde dessa quarta (19), o Governo do Estado anunciou que fechou um acordo com o governo da Bahia para a venda dos 40 vagões pelo valor de R$ 793,7 milhões, a serem pagos em quatro parcelas anuais até 2027. Segundo o Governo de Mato Grosso, o valor equivale aos R$ 497 milhões pagos em 2012 pelo estado com correção inflacionária.

“É exatamente o que eu sempre busquei: ressarcir os cofres públicos. Nós vamos receber exatamente aquilo que pagamos, não usamos e está sendo devolvido corrigido para o Governo de Mato Grosso”, disse o governador em conversa com a imprensa.

 

 “Nós temos que agradecer e eu agradeço a oportunidade que caiu do céu. Ficar demandando com aquela empresa durante décadas na Justiça à mercê de algo que poderia acontecer daqui 10, 20, 30 anos”, afirmou.

 

 

Conforme o governador, os recursos da venda dos vagões do VLT serão investidos nas obras do BRT, que já estão em andamento em Cuiabá e Várzea Grande e devem custar R$ 468 milhões. As sobras, estimadas em R$ 325 milhões, serão destinadas para comprar ônibus para o modal e fazer outros investimentos.

“O dinheiro que retorna aos cofres públicos vai ser suficiente para bancar 100% as obras do BRT que está sendo implantado. (Esse recurso será aplicado em) Obra e equipamentos”, afirmou.

Conforme as informações divulgadas pelo Governo do Estado, a assinatura do contrato que formaliza o acordo entre os dois estados deve ocorrer na semana que vem, em Brasília. O acordo, mediado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), dá destino aos equipamentos que estavam armazenados há 10 anos sem utilização.

Em cinco meses, os vagões começarão a ser transportados pela Bahia até a sede da fábrica da CAF, em Hortolândia (SP), onde será realizado um processo de restabelecimento técnico para retomarem a sua capacidade operacional.

“Mas eu repito que foi um negócio que caiu do céu e nós vamos ser ressarcidos de tudo o que nós pagamos e não aproveitamos. Estamos recuperando esse dinheiro de volta corrigido”, ressaltou o governador.

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