EUZIANY TEODORO
CAMILLA ZENI
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi (PSB), admitiu que “existe uma conversa bem adiantada” de seu partido com o pré-candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em nível nacional. Em caso de federação entre as duas siglas, o mesmo deve ser seguido nos estados.
“Confesso que existe uma conversa bem adiantada, eu não acredito em federação, acho que não vamos caminhar juntos com o PT na federação. Acho que o PSB caminha sozinho. Tem muitas conversas ainda para acontecer e não posso afirmar isso, mas acredito, pelo posicionamento que tenho escutado dos companheiros dos outros estados, que o PSB não faz a federação com o PT”, disse Max, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (9).
Russi foi a São Paulo nessa terça-feira (8), junto de outros políticos de Mato Grosso, para uma reunião com Lula. No entanto, disse que foi como presidente do legislativo estadual, apenas para “ouvir as propostas para o estado”.
“Participei, fui convidado. Eu, como presidente de um poder, não tenho como me ausentar desse debate e tenho me colocado à disposição. Todos os presidenciáveis que chamarem, falarem as propostas, falarem o que pensam paro Estado, eu estarei à disposição. Estamos num momento de decisão”, disse.
De acordo com ele, ir à reunião, inclusive, foi uma orientação do diretório nacional. “O nosso presidente (Carlos Siqueira) tem conversado com vários candidatos e fazendo um debate amplo, aberto, mas além do partido, eu tenho que pensar no parlamento estadual. Por ser chefe de um poder, como o legislativo, que tem eu e mais 23 deputados, de várias correntes e ideologias, tento me colocar à disposição de cada convite que eu receber dos deputados, no caso foi do deputado Valdir Barranco, e me fazer presente e ouvir as propostas”.
Segundo o parlamentar, foram mais de 3 horas ouvindo as propostas do petista para Mato Grosso.
“Mato Grosso é um estado produtor, que tem um potencial gigante, que ajuda muito o Brasil na balança comercial, que é um estado estratégico e que precisa de investimentos importantes em logística, infraestrutura, várias obras, casas populares, projetos sociais e, com certeza, são projetos que os presidenciáveis vão debater e a população vai ter condição de fazer sua escolha para outubro desse ano”.