O deputado estadual Max Russi (PSB) defendeu que haja uma “força-tarefa” para resolver a concessão da BR-163 - conhecida como Rodovia da Morte -, após a resistência do Banco Pine em aceitar a proposta de renegociação de dívida da Concessionária Rota do Oeste. Para o parlamentar "um único banco não pode barrar o processo".
“Muito ruim isso, decepcionante. Não tem condições de apenas um banco barrar um processo desse que traz um ganho muito grande para Mato Grosso”, afirmou na manhã desta quarta-feira (15).
O Governo de Mato Grosso quer assumir a rodovia por meio do MTPar, para dar início às obras de duplicação que não foram feitas pelas Rota do Oeste. Ano passado o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a transferência de controle acionário e o TAC com a concessionária.
O processo de transferência está em sua segunda etapa, com a renegociação de dívidas junto aos bancos que financiaram a primeira parte da duplicação da rodovia com a Odebrecht. A intenção do Estado é quitar 40% da dívida à vista e parcelar outros 10%, a fim de assumir a concessão, no entanto, o Banco Pine não teria aceitado a proposta de receber 50% da dívida.
Agora, o governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou na semana passada, que caso a proposta não seja aceita, e não haja um consenso entre as partes, o Governo de Mato Grosso vai desistir da concessão.
Diante da situação, Max Russi defendeu que a Assembleia Legislativa e o Poder Judiciário se envolvam para tentar solucionar esse impasse tendo em vista que a BR-163 é a principal via para escoamento da produção do estado.
Além disso, ele destacou que com a conclusão da obra muitas vidas poderão ser salvas.
“Eu acho que a Assembleia precisa de uma atuação muito forte quanto a isso, até porque o governo já ameaçou abandonar esse pleito e abandonando, teremos dificuldades em continuar a obra, fazer os investimentos que não foram feitos e arrumar o trecho que tem causado muitas mortes”, disse.
“Eu acho que talvez outros órgãos poderiam participar mais disso, de forma mais ativa, o Poder Judiciário, procurar outras instâncias ai talvez porque realmente, não tem condições de apenas um banco barrar um processo desse que traz um ganho muito grande. Isso não é um ganho só para o Estado de Mato Grosso, mas também para o social pois vidas serão salvas”, completou.