07 de Maio de 2022, 11h:30 - A | A

Poderes / A PEDIDO DE BOLSONARO

Medeiros admite que ‘baixou temperatura’ em relação a Mauro: "Ele lá e eu cá"

Bolsonaro e Mauro dividirão palanque e presidente pediu que Medeiros baixasse o tom

EUZIANY TEODORO
DAFFINY DELGADO



“Na política, quem não enverga, quebra”. Dessa forma o deputado federal José Medeiros (PL) admitiu que “baixou a temperatura” em relação às frequentes críticas que fazia ao governo de Mauro Mendes (União Brasil) em Mato Grosso, atendendo a um pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Medeiros e Mauro protagonizam trocas de farpas há meses, especialmente após as rusgas do governador com o presidente, no ano passado. No entanto, Bolsonaro e Mauro “fizeram as pazes” e estarão no palanque um do outro para as eleições de outubro. Assim, o presidente pediu que Medeiros “baixasse o tom”.

“É que nem dança de valsa: ele pra lá e eu pra cá. Eu acho que nem ele quer meu apoio e nem eu quero o dele. Eu deixei isso bem claro pro presidente, quando ele falou da possibilidade de, de repente, eles caminharem juntos. Eu falei: ‘presidente, política a gente não rejeita voto’. Até acho, por tudo que o governo federal fez aqui pelo governo do Mauro, que á natural esse apoio. É o que falei: voto você não joga fora, apoio você não rejeita”.

Para Medeiros, se Mauro não atacá-lo, ele também vai manter distância, em nome do projeto de reeleição de Bolsonaro, a quem defende em primeiro lugar.

“A minha relação com Mauro é outra. Não é ‘bateu, levou’, mas toda ação tem reação. Ele tem mania de não receber bem pontuação, críticas em relação ao governo. Eu não faço política pro lado pessoal, faço pontuações a respeito da infraestrutura, segurança, saúde, à conduta do governador, não à pessoa do Mauro. Mas ele sempre leva pro lado pessoal. Toda vez que ele vai rebater alguma crítica, ele tem que chamar de malandro, por aí vai”.

Medeiros garante que, apesar das diferenças, não será “empecilho” no palanque de Bolsonaro.

“Não vou entrar nessa pilha. Da minha parte, está tranquilo. Ele não pisando nos meus calos e, obviamente, deixando o governo federal em paz, ele fica pra lá e eu pra cá. Não vou sem empecilho e não tem porque atacar quem esta apoiando”, concluiu.

 

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