DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O deputado federal reeleito José Medeiros (PL) defendeu na manhã desta segunda-feira (07), o direito garantido na Constituição Federal, do povo poder ir às ruas e se manifestar independentemente da pauta. Além disso, ele afirmou que pretende protocolar um novo pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. (Veja o vídeo abaixo)
Desde domingo (30), milhares de caminhoneiros, comerciantes, agricultores e populares de todo país realizam protestos contra o resultado das eleições. O grupo pede uma intervenção federal no Brasil para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assuma a presidência do país.
“As pessoas podem se manifestar, elas têm o direito de ir às ruas e o povo pode pedir o que quiser, independente do quanto escandalizados vocês fiquem. (...) Hoje ainda vou protocolar talvez, o quarto ou quinto pedido de impeachment contra o Alexandre de Moraes, mas porque eu penso que as pessoas que votaram em mim não podem ficar sem uma representação. E enquanto eu tiver esse mandato vou fazer a representação 100% dele”, declarou em entrevista à Jovem Pan.
“As pessoas podem se manifestar, elas têm o direito de ir às ruas e o povo pode pedir o que quiser, independente do quanto escandalizados vocês fiquem.
O deputado afirmou que tinha o receio de que essas manifestações pudessem acontecer no Brasil, tendo em vista que, segundo ele, o processo eleitoral foi “maculado”.
"Quando você começa um processo que não é transparente você acaba chegando a esse tipo de coisa. Eu tinha essa preocupação desde o início, tanto é que pedi o afastamento do ministro Alexandre de Moraes desse processo, por que eu temia que algo dessa magnitude acontecesse. Eu sempre disse, ele era funcionário de um dos candidatos, foi para o ministério da Justiça do Temer por causa de um desses candidatos, foi para o STF por causa de um desses candidatos e aí ele vai conduzir esse processo eleitoral, que esse candidato está na eleição, não fazia sentido”, afirmou.
Medeiros explicou que essa “mácula na eleição” foi, de certa forma, assumida pelo ministro, que estaria agindo contra qualquer pessoa que questione o processo.
“Aí ele vai para o pleito eleitoral tomando medidas só para um lado. Quando sai o resultado da eleição, obviamente que uma parte sai com gosto de caixão velho na boca. A cereja do bolo foi ele passar a impressão de que o processo está maculado porque quem abre a boca e diz alguma coisa sobre o processo ele censura”, disse.
“Então quando você cala a boca das pessoas, fica tudo muito complicado. Esse é o momento que estamos vivendo, quem bagunçou isso tudo aí tem nome, endereço e CPF, o ministro Alexandre de Moraes e mais um ou dois coleguinhas dele lá”, emendou.
Em Mato Grosso, o movimento teve início com bloqueios de rodovias e protestos em frente a batalhões do Exército. Os participantes mantêm as manifestações às margens das rodovias e em frente aos batalhões. Caminhoneiros também estão deixando o Estado e seguem rumo a Brasilia.