27 de Setembro de 2021, 16h:00 - A | A

Poderes / ALVO DE INQUÉRITO

Medeiros vê perseguição e diz que MPE é usado por forças políticas

STF abriu inquérito contra deputado no dia 22 de setembro, após denúncia do MPE

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



Alvo de denúncia por disseminação de fake news (isto é, notícias falsas), o deputado federal José Medeiros (Podemos-MT) informou que não foi notificado sobre a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), mas reafirmou ser vítima de perseguição política.

Na última semana, o STF acolheu denúncia do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) e determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue a suspeita contra o parlamentar. A investigação sigilosa veio à tona nesta segunda-feira (27).

“O deputado federal lamenta a manobra política de taxar a verdade dos fatos de fake news na tentativa de enganar a população. Infelizmente, estão fazendo isso contra o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados em todo o país”, diz trecho de nota da assessoria do parlamentar, enviada à imprensa.

O deputado disse ainda que “instituições como o Ministério Público do Estado de Mato Grosso estão sendo usadas por forças políticas, que estão preocupadas apenas com o processo eleitoral de 2022”, e atribuiu a culpa ao governo Mauro Mendes (DEM).

Segundo Medeiros, ele estaria sendo vítima de “visível perseguição e ataques” desde que passou a denunciar “as mazelas do governo” e afirmou confiar na Justiça. Em relação à isso, desde meados de 2020 Medeiros tem sido opositor fiel ao governo Mauro Mendes por considerar que o gestor foi injusto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia.

Denúncia

Conforme o Conexão Poder noticiou, a denúncia ao STF foi feita no final de agosto, poucos dias depois que o MPE alegou que Medeiros agia de má-fé ao espalhar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas.

Na época, o país ainda discutia fortemente suspeitas de fraude contra o sistema atual de votação, e havia manifestações pedindo a adoção de voto impresso auditável, em uma campanha endossada principalmente pelo presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o MPE, Medeiros deturpou informações de uma investigação que estava em sigilo no Ministério Público Estadual para sugerir que as urnas eletrônicas não são seguras.

O órgão já tinha avisado, naquela oportunidade, que considerava grave o fato de Medeiros usar um documento sigiloso para tentar confundir a população, e que, por isso, iria representar contra o deputado na Procuradoria-Geral da República (PGR) e na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. O caso, agora, é investigado pela PGR.

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