RAFAEL COSTA
DO CONEXÃO PODER
O governador Mauro Mendes (União) colocou sob suspeita a empresa que vai assumir a gestão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães a partir de um contrato de concessão firmado com o governo federal, a Parques Fundos de Investimento em Participações e Infraestrutura, representada pela Fram Capital.
Pelo contrato, serão investidos R$ 18 milhões no transcorrer de 35 anos e o cidadão interessado em conhecer o parque deverá pagar R$ 100. A suspeita foi levantada nesta segunda-feira (3), durante entrevista à Rádio Cultura de Cuiabá.
De acordo com o governador, a mesma empresa está sendo vencedora de concessões em diversos estados do país. Mendes ainda classificou de "cagada" a concessão feita pelo governo federal na gestão do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
"Um absurdo isso. Falei para o presidente Lula que isso foi uma cagada que o governo Bolsonaro fez e não é possível que não vai desfazer isso. A mesma empresa está ganhando todos os parques do Brasil. Isso não cheira mal? Falei isso para o presidente Lula, ele pediu uma carta e eu mandei. Estou nessa saga para pegar o parque e fazer o investimento para não cobrar o trabalhador. Quem mora em Cuiabá e Várzea Grande terá um desconto, mas e quem mora em Leverger?", questionou.
O governador explica que o projeto de Mato Grosso é muito mais vantajoso ao Parque Estadual de Chapada dos Guimarães do que o firmado pelo governo federal em contrato de concessão.
"Queremos investir dentro do parque. Na cidade temos investimentos para todas as áreas. Nessa concessão está previsto investir R$ 18 milhões em 35 anos. E nós queremos investir R$ 200 milhões em quatro anos. Serão R$ 200 milhões para executar todos os investimentos previstos em três anos. E além deles, muitos outros, para tornar o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães um destino turístico atrativo, acolhedor e integrador aos demais potenciais da região", afirmou.
Mendes concluiu ressaltando sob a responsabiidade do Estado de Mato Grosso, não haverá ao cidadão riscos de tarifas exorbitantes, dificultando o acesso de famílias de baixa renda em conhecer as belezas naturais do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.