FERNANDA ESCOUTO
DO CONEXÃO PODER
A vereadora Michelly Alencar (União Brasil) fez duras críticas à Prefeitura de Cuiabá pela implantação do estacionamento rotativo no Centro da Capital, que começou a vigorar no último dia 20. Para a parlamentar, além da cobrança coibir a população de ir à região, o sistema prova que a gestão Emanuel Pinheiro é péssima.
O sistema, que começará a aplicar multas a partir de 1º de março, tem causado muitas dúvidas aos cidadãos e, conforme a vereadora, tudo isso é resultado da falta de planejamento da Prefeitura.
“Você não tem calçadas, você não tem vias públicas decentes, mas você tem a cobrança do estacionamento. E aí a gente tem os comerciantes, a gente tem os clientes sendo prejudicados com a falta de planejamento para se cobrar uma taxa”, pontua Michelly.
Outro ponto levantado pelos cuiabanos e defendido pela vereadora seria a respeito da insegurança, pois o motorista paga para estacionar, entretanto se algo acontece com veículo, a pessoa não é ressarcida.
O estacionamento rotativo cobra R$ 3,40 a hora/carros e R$ 2 a hora/motos, sendo o tempo máximo de permanência nas vagas o de 4 horas.
“A Prefeitura tem uma forma de tratar o recurso das pessoas tão injusta, que o estacionamento é só mais uma prova do que eles começaram a fazer com a população, sabe? Então, assim, você cobra o estacionamento, mas você não dá segurança. Porque no shopping, se o seu carro for riscado, roubado, acontecer alguma coisa, você tem a segurança de que lá eles vão ter que arcar com esse prejuízo”, completou.
Na última semana, o Procon estadual notificou o Consórcio C.S Mobi, empresa responsável pelo sistema, para que promova alterações imediatas para continuar cobrando dos motoristas. Entre as mudanças está a exigência de que a concessionária passe a se responsabilizar por quaisquer danos causados aos veículos, sob pena de ser multada em até R$ 9 milhões.
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“Tenho recebido inúmeras denúncias, nós temos os comerciantes já reclamando que os clientes já não estão indo, a gente já tem um prejuízo no Centro. A gente precisa fazer as pessoas retornarem ao Centro, se sentirem confortáveis lá e não espantá-las. E o que está acontecendo é que se não houver uma readequação disso, vai ficar muito difícil”, destacou.
“A falta de planejamento disso foi muito absurdo. [...] Então, assim, isso tudo é mais uma prova de que essa gestão é péssima na administração do recurso público”, completou.
Nesta fase inicial, das 2.300 vagas disponíveis, 339 são destinadas a carros e camionetas; 649 para motos, 99 para idosos, 60 para carga e descarga, 48 para táxi, 40 para curta duração, 34 para Pessoas Com Deficiência (PCD), 31 para moto táxi e uma para ambulância.