CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O ministro Jesuíno Rissato, desembargador convocado para o Superior Tribunal de Justiça, negou pedido de habeas corpus protocolado pela defesa do empresário Jhonathan Galbiatti Mira, de 26 anos, acusado de torturar e espancar a ex-namorada.
Em sua decisão, publicada nesta segunda-feira (16), o magistrado destacou que Jhonathan já tinha sido agressivo com a ex-namorada, e que teria até mesmo ameaçado matá-la.
Conforme a decisão, Jhonathan teria enviado mensagem para o pai da ex-namorada, dizendo "eu vou acabar matando a filha de vocês". O ministro ressaltou que ficou claro que o empresário "continua de forma agressiva a vilipendiar a integridade física e psíquica de suas companheiras, em total desrespeito à condição do gênero feminino".
O magistrado ainda pontuou que não há ilegalidade na prisão de Jhonathan, considerando a gravidade do caso. Por isso, requisitou mais informações ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso e negou, de forma liminar, o pedido de liberdade.
Sessão de tortura
Conforme denúncia à polícia na época do crime, Jhonathan promoveu uma “sessão de tortura” contra a ex-namorada, tendo lhe agredido inclusive com uma barra de ferro. O caso aconteceu na noite de 19 de maio deste ano, quando o empresário convidou a ex-namorada, com quem se relacionou por seis anos, para um último jantar em sua casa, no município de Primavera do Leste (230 km de Cuiabá).
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Consta que, em determinado momento, o homem, ciumento, pegou o celular da jovem e pediu que ela fornecesse a senha do aparelho, o que ela negou. Ele, então, ficou descontrolado e bateu na cabeça da vítima várias vezes. A menina, então, entrou em choque e não conseguiu reagir às agressões.
Ao longo de quatro horas, a vítima foi agredida, inclusive com uma barra de ferro, e chegou a ficar inconsciente. Ela voltou para casa no dia seguinte e, os pais, ao verem o estado da filha, a levaram para exames e chamaram a polícia.
Depois do crime, Jhonathan ficou foragido por mais de 50 dias. Ele foi preso apenas no dia 13 de julho, quando se entregou na delegacia, em Primavera. No dia 9 de agosto, o Tribunal de Justiça negou seu pedido de liberdade.
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