Quarta-feira, 30 de Abril de 2025

26 de Março de 2025, 09h:13 - A | A

Poderes / BÔNUS DE R$10 MIL

Ministro do STF reabre ação contra “vale-peru” e pede informações ao CNJ

O bônus foi concedido pela então presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Clarice Claudino, em dezembro de 2024.

VANESSA MORENO
DO CONEXÃO PODER



 ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a reabertura da ação que questiona o auxílio-alimentação de R$10.055,00 pago aos magistrados e servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso, em dezembro de 2024. A decisão atende a um pedido do advogado Arthur Hermógenes Sampaio Júnior, que ingressou com uma ação no dia 19 deste mês, para saber como anda o processo de devolução do benefício.

Em despacho publicado na segunda-feira (24), Mendonça determinou o encaminhamento de um ofício ao presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, para solicitar informações sobre o andamento da devolução do auxílio.

 “Expeça-se ofício ao Presidente do Conselho Nacional de Justiça, dando-lhe ciência sobre a presente ação, bem como solicitando informações sobre a existência (e estágio) de eventual procedimento de controle ou processo de outra natureza no qual esteja sendo sindicada a legalidade do Provimento TJMT/CM nº 36, de 17/12/2024”, diz trecho decisão.

 

 

O bônus foi concedido pela então presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Clarice Claudino, através do Provimento TJMT/CM nº 36 no dia 17 de dezembro de 2024, e ficou conhecido como “vale-peru”.

 

 

O auxílio passou a ser questionado no dia 18 de dezembro do ano passado em uma ação popular movida por Pedro Daniel Valim Fim, que pedia a suspensão do benefício. O assunto ganhou repercussão nacional e o Corregedor Nacional de Justina (CNJ), ministro Mauro Campbell Marques, determinou a suspensão do vale.

 

 

Na época, o TJ alegou que os valores já haviam sido pagos, diante disso, o CNJ determinou a devolução. No início de fevereiro, o atual presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, José Zuquim, confirmou que o “vale-peru” já havia sido devolvido pelos magistrados. Quanto aos servidores, o benefício seria devolvido em 18 parcelas, a contar de fevereiro.

No dia 14 deste mês, o ministro do STF Cristiano Zanin entendeu que havia perdido o objeto da ação popular, já que o bônus foi revogado e devolvido integralmente pelos magistrados e parcelado pelos servidores.

Agora, com a nova determinação do ministro André Mendonça, o caso voltará a ser analisado pelo STF.

O “vale-peru” beneficiou 275 magistrados e mais de 5 mil servidores do Poder Judiciário, resultando em um custo total de R$ 52,7 milhões aos cofres públicos.

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