21 de Julho de 2021, 13h:27 - A | A

Poderes / ROTA FINAL

MP cobra devolução de R$ 86, 6 milhões e quer perda de mandato de deputado

Denúncia aponta os crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, impedimento e perturbação à licitação, afastamento de licitantes, e crime contra a economia popular

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) pediu que a Justiça condene o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) à perda do mandato pela participação no esquema de corrupção e fraude no transporte intermunicipal do estado. Além disso, quer que seja fixado como valor mínimo de reparação a quantia de R$ 86,6 milhões.

Além de Dilmar, foram denunciados, no âmbito da terceira fase da Operação Rota Final, nessa terça-feira (20), outros 18 envolvidos, dentre eles o suplente de deputado Pedro Satélite e o ex-governador Silval Barbosa.

A denúncia aponta os crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, impedimento e perturbação à licitação, afastamento de licitantes, e crime contra a economia popular.

Segundo as investigações, que resultaram em uma denúncia de 286 páginas, a organização criminosa queria impedir a implantação de um novo sistema de transporte intermunicipal e, para isso, agiu para barrar nova licitação promovida pelo Governo de Mato Grosso em 2017.

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“Sem a realização do certame licitatório, as empresas ligadas aos envolvidos prosseguiriam a explorar, em caráter precário, inúmeras linhas de transporte intermunicipal, mantendo, dessa forma, o domínio econômico do setor, conforme vinha ocorrendo há várias décadas e garantindo lucros exorbitantes em detrimento da adequada prestação do serviço”, apontou o Ministério Público, em nota divulgada à imprensa.

Entre os fatos narrados estão a compra de um decreto estadual que tentou prorrogar as concessões precárias para as empresas de transporte até 2031, além do pagamento de propina ao deputado Dilmar Dal’Bosco e Pedro Satélite (à época deputado titular), que compunham a Comissão Especial de Transportes criada na Assembleia Legislativa.

Além da perda do mandato, o pedido do MPE é para condenação de perda da função e dos cargos públicos, no caso de outros servidores denunciados.

Quem foi alvo

A nova denúncia do MPE tem como alvo 19 pessoas, sendo elas: Éder Augusto Pinheiro (suposto líder do esquema), Max Willian de Barros Lima, Júlio César Sales de Lima, Wagner Ávila do Nascimento, José Eduardo Pena, Adriano Medeiros Barbosa, Dilmar Dal Bosco, Pedro Inácio Wiegert, Andrigo Gaspar Wiegert, Glauciane Vargas Wiegert, Silval da Cunha Barbosa, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Francisco Gomes de Andrade Lima Neto, Carla Maria Vieira de Andrade Lima, Luís Arnaldo Faria de Mello, Idmar Favaretto, Marcos Antônio Pereira, Alessandra Paiva Pinheiro e Cristiane Cordeiro Leite Geraldino.

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