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19 de Fevereiro de 2022, 16h:12 - A | A

Poderes / "GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA"

MP nega cerceamento de defesa e pede seguimento de ação contra Taques

Em sua manifestação, promotor afirma que perícia feita no celular do militar não tem qualquer relação com a “Grampolândia”.

EUZIANY TEODORO
DA REDAÇÃO



O promotor Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho, do Ministério Público do Estado (MPMT), manifestou em ação movida pelo ex-governador Pedro Taques (SD), no âmbito do processo sobre a “Grampolândia Pantaneira”, e negou que houve cerceamento de defesa, pedindo para que a Justiça siga com a ação contra o ex-gestor por improbidade administrativa.

Taques impetrou embargos de declaração alegando que não teve acesso a uma perícia feita no celular do tenente coronel PM Henrique Soares e, por isso, não teve a chance de montar a melhor defesa para o caso das escutas telefônicas ilegais.

A juíza Célia Regina Vidotti acatou o recurso e abriu prazo para o MPMT se manifestar sobre o destino da prova.

Leia mais - Juíza dá 10 dias para MP explicar destino de prova no caso ‘Grampolândia’

Em sua manifestação, o promotor afirma que o conteúdo da perícia feita no celular do militar não tem qualquer relação com a “Grampolândia”. “No caso em testilha, salvo melhor juízo, tendo em vista que o documento solicitado pelo embargante em nada guarda relação com o objeto desta demanda cível, não há que se conjecturar cerceamento de defesa diante do não acesso a prova”, escreveu.

Ainda não há decisão judicial sobre o caso.

Grampolândia Pantaneira

São citados como réus no processo: Pedro Taques, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, ex-comandando da PM, coronel Zaqueu Barbosa, e os militares Evandro Lesco, Airton Siqueira Júnior e Gerson Correa Junior.

Todos são acusados de participar do esquema que grampeou mais de 800 números telefônicos, entre políticos, jornalistas, advogados e empresários.

O esquema veio à tona na gestão de Pedro Taques, em 2017, mas as interceptações teriam começado em 2014, ainda no governo de Silval Barbosa. A interceptação foi autorizada judicialmente, através de fraude usada com a técnica chamada “barriga de aluguel”, quando pessoas que não têm qualquer ligação com outras investigações são grampeadas.

A investigação leva a crer que o principal beneficiário do esquema foi o então governador Pedro Taques, de acordo com o Ministério Público.

 

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