08 de Julho de 2022, 13h:07 - A | A

Poderes / MORTE DE MIYAGAWA

MPMT monta força-tarefa para acompanhar investigações sobre ‘Caso Paccola’

Promotores do Núcleo de Defesa da Vida da Capital acompanharão o caso

EUZIANY TEODORO
DO CONEXÃO PODER



O procurador-geral de Mato Grosso, José Antonio Borges, determinou que quatro promotores do Núcleo de Defesa da Vida da Capital, do Ministério Público do Estado (MPMT), montem uma força-tarefa para acompanhar as investigações do homicídio de Alexandre Miyagawa, 41 anos, morto pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos) na sexta-feira, 1º de julho.

A portaria Nº 562/2022, assinada nessa quinta-feira (7), designa os promotores Antonio Sergio Cordeiro Piedade, Marcelle Rodrigues da Costa e Faria, Samuel Frungilo e Vinicius Gahyva Martins para acompanharem todos os passos das investigações, que estão sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Alexandre foi morto a tiros pelo vereador na noite de sexta-feira (01), durante uma confusão no bairro Duque de Caxias. Paccola prestou depoimento sobre o caso e disse que agiu em legítima defesa, já que o agente estaria com arma em punho e teria esboçado reação.

 

 

No entanto, vídeos e informações posteriores podem colocar em xeque essa afirmativa, já que Paccola aparece disparando pelas costas do agente.

 

 

Em entrevista nessa quinta-feira (7), o delegado titular do caso, Hércules Gonçalves, afirmou que o prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias e que estão sendo produzidas provas, assim como realizadas oitivas de várias testemunhas.

 

 

“Nosso trabalho vem sendo desenvolvido de forma muito séria, muito robusta. Ao identificar, e se necessário, ouvir mais pessoas, ouviremos. A lei estabelece prazo de 30 dias para que a gente conclua, caso necessário, pode ter eventual pedido de dilação de prazo, mas a gente acredita que num prazo aí de 30 dias a gente conclua as investigações”, disse o delegado.

Julgamento político

Paccola também passou a responder processo administrativo na Câmara de Cuiabá. A Procuradoria do legislativo acatou denúncia feita pela vereadora Edna Sampaio (PT), que pede afastamento imediato e posterior cassação de mandato.

O processo está na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, que também acompanha as investigações da DHPP.

"Nós não vamos agir em cima de um impulso, vamos agir a partir de uma verdade real e essa verdade será apresentada pela DHPP. A preocupação maior é não cometer algum tipo de injustiça, então vamos nos embasar em cima da verdade que será apresentada pelos delegados", afirmou o vereador Lilo Pinheiro (PDT), presidente da Comissão.

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